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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Senadores começam a abandonar Dilma? Já era tempo!

A petista nunca dependeu tanto de Renan

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 4 jun 2024, 22h34 - Publicado em 12 dez 2015, 20h26

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O último reduto de suporte a Dilma Rousseff começa a ruir.

Depois da carta-desabafo do vice Michel Temer, da derrota do governo na votação da comissão do impeachment na Câmara dos Deputados e da escolha de Ciro Gomes – haja desespero! – para ajudar a salvar o mandato presidencial, o Senado não é mais o mesmo.

Senadores da base aliada confessam nos bastidores, segundo o Valor, que avaliam o momento de abandonar o Titanic dilmista.

Os do PMDB se aproximaram de Temer; e alguns estão baixando o tom na defesa do governo porque já consideram que a batalha caminha para uma nova derrota da mulher sapiens.

“Sobre Ciro eu nem discuto. Jamais serei coordenado por ele”, disse ainda seu adversário Eunício Oliveira, líder do PMDB no Senado, a Globo News.

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Fico contente que o governo tenha conseguido irritá-lo.

Se Ciro continuar dando entrevistas como a que deu para uma rádio do Rio Grande do Sul, o Senado poderá ruir ainda mais depressa.

Horas depois de jantar com Dilma no Palácio da Alvorada, ele incluiu Temer no que chamou de “lado quadrilha do PMDB”:

“Hoje, o Michel Temer é homem do Eduardo Cunha”, “é parceiro íntimo nas práticas e nas coisas erradas do Eduardo Cunha”.

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O Eliseu Padilha, que pediu demissão do ministério da Aviação Civil, “era o homem que, no governo do Fernando Henrique, era chamado pela crônica política de Eliseu Quadrilha. Então, a Dilma tem um erro: botou esse homem dentro, indicado pelo Michel Temer. Mas esse é homem do Michel Temer.”

Felizmente, Temer sabe que Ciro é homem de Dilma e fala barbaridades em nome dela.

Felizmente também, o vice circulou com desenvoltura, segundo o Valor, tanto entre os senadores da base aliada como da oposição, no jantar oferecido por Eunício na última quarta-feira, dia 9.

É por essas e outras que Dilma depende mais do que nunca de Renan Calheiros.

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Pessoas próximas ao presidente do Senado, no entanto, disseram ao jornal que “a mais nova cartada do peemedebista, que busca garantir na Justiça a última palavra sobre o afastamento” de Dilma, “não deve ser vista como um aceno definitivo à petista”. “Na verdade, asseguram, ele joga para aumentar seu cacife na arena que definirá o futuro do governo.

Se Renan conseguir emplacar a tese que defende no Supremo Tribunal Federal (STF), o Senado se tornará a trincheira definitiva para a permanência ou não de Dilma no cargo e, ele, por consequência, a peça mais importante no xadrez político.”

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) disse que Renan age como “líder do governo” querendo mudar a regra do impeachment aos 45 do segundo tempo: “Acredito que o STF não vá concordar com essa tese esdrúxula”.

Renan, relembro, responde a cinco inquéritos no STF e, embora vá negociar com os dois lados até o último momento, ainda tem esperanças de ser salvo pelo PT.

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Dos 81 integrantes do Senado, aliás, pelo menos 31 respondem a inquérito ou ação penal na mais alta corte do país, segundo o Congresso em Foco, sendo quase a metade (14) do PT e do PMDB.

É compreensível, portanto, que o Senado seja o último reduto de suporte ao governo. Mas quando a pressão se avoluma, até esse dá sinais de que a qualquer momento pode desabar.

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Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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