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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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Quantos apoios Dilma Rousseff comprará até setembro para não cair?

1) O Valor disse ontem que “a lista que circula em um grupo reservado de deputados da base e da oposição contabiliza de 348 a 353 votos favoráveis à abertura do processo” de impeachment de Dilma Rousseff, “tendo como base o parecer do TCU recomendando a rejeição das contas” de 2014 do governo. A coluna […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h57 - Publicado em 14 jul 2015, 09h03

dilma-morde-caneta-692x3601) O Valor disse ontem que “a lista que circula em um grupo reservado de deputados da base e da oposição contabiliza de 348 a 353 votos favoráveis à abertura do processo” de impeachment de Dilma Rousseff, “tendo como base o parecer do TCU recomendando a rejeição das contas” de 2014 do governo.

A coluna Painel, da Folha, no entanto, diz hoje que a turma “contabiliza ao menos 250 votos a favor de um eventual pedido de impeachment”, uma centena a menos que o número noticiado pelo Valor e, portanto, “abaixo dos 342 votos exigidos pela Constituição para deflagrar um processo dessa natureza”.

O motivo para tamanha diferença pode estar na resposta de um peemedebista à Folha: “Dilma ainda tem a caneta na mão”; e no complemento de tucanos consultados pelo jornal: “Se o governo lançar mão de expedientes escusos, pode comprar apoio para se manter de pé”.

Será que, nos últimos dias, Dilma já comprou uns 100 apoios?

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2) A coluna Radar, de VEJA.com, informa que, em jantar na residência oficial de Renan Calheiros, os supostos aliados José Sarney, Fernando Collor, Romero Jucá e Lindbergh Farias trocaram impressões sobre o cenário político, entre uma taça e outra de vinho.

“E bateram o martelo: do jeito que está, Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto.”

Resta saber se eles realmente acham isso, ou se estão querendo uma canetada também.

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Eu marco as duas opções.

3) Outra matéria da Folha, sobre uma reunião entre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Gilmar Mendes e o deputado Paulinho da Força (SD-SP), informa:

“Paulinho da Força afirmou, conforme relatos, que um processo de impedimento da presidente só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

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Um arranjo desses, segundo os desenhos projetados, resultaria em um ‘parlamentarismo branco’ a partir de um eventual impeachment: Temer compartilharia o poder com os presidentes da Câmara e do Senado e governaria em uma espécie de triunvirato até as eleições de 2018.”

Falta o PMDB se acertar com Aécio, que deposita suas esperanças na cassação da chapa Dilma-Temer no TSE e na própria vitória nas eleições convocadas em seguida, para desespero do maior aliado atualmente da petista: Geraldo Alckmin.

4) Em relação ao TSE, Gilmar Mendes deu comentários enigmáticos sobre o que pode ter dito na reunião:

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“O que tenho dito é que é preciso ter provas quanto ao abuso de poder econômico e político. Havendo provas, muito provavelmente se chega a uma votação de expressão. É possível que se tenha falado da contagem de votos, coisa do tipo. É possível que eu tenha dito que, dependendo das provas do processo, pode até ter unanimidade. Caso haja provas substanciais, minha expectativa é que haja unanimidade, mas não disse que só se poderia cassar por unanimidade.”

“É possível que” eu tenha entendido Gilmar Mendes.

Lamentavelmente, porém, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, foi aconselhado por advogados a permanecer em silêncio durante depoimento à Justiça Eleitoral nesta terça-feira (14), porque “eventuais manifestações poderiam representar riscos” ao acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal, que ainda está sob segredo de Justiça.

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Mas “é possível que” Pessoa ignore seus advogados e repita que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras.

É possível um monte de coisas, enquanto não saem os julgamentos de Dilma no TSE, no TCU e no Congresso. Nesse ambiente de especulação, pressão e caneta na mão, é possível até que alguém se lembre do Brasil.

Mas não disse que se lembraria, ok?

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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