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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".

Quantos apoios Dilma Rousseff comprará até setembro para não cair?

1) O Valor disse ontem que “a lista que circula em um grupo reservado de deputados da base e da oposição contabiliza de 348 a 353 votos favoráveis à abertura do processo” de impeachment de Dilma Rousseff, “tendo como base o parecer do TCU recomendando a rejeição das contas” de 2014 do governo. A coluna […]

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 4 jun 2024, 23h33 - Publicado em 14 jul 2015, 09h03

dilma-morde-caneta-692x3601) O Valor disse ontem que “a lista que circula em um grupo reservado de deputados da base e da oposição contabiliza de 348 a 353 votos favoráveis à abertura do processo” de impeachment de Dilma Rousseff, “tendo como base o parecer do TCU recomendando a rejeição das contas” de 2014 do governo.

A coluna Painel, da Folha, no entanto, diz hoje que a turma “contabiliza ao menos 250 votos a favor de um eventual pedido de impeachment”, uma centena a menos que o número noticiado pelo Valor e, portanto, “abaixo dos 342 votos exigidos pela Constituição para deflagrar um processo dessa natureza”.

O motivo para tamanha diferença pode estar na resposta de um peemedebista à Folha: “Dilma ainda tem a caneta na mão”; e no complemento de tucanos consultados pelo jornal: “Se o governo lançar mão de expedientes escusos, pode comprar apoio para se manter de pé”.

Será que, nos últimos dias, Dilma já comprou uns 100 apoios?

2) A coluna Radar, de VEJA.com, informa que, em jantar na residência oficial de Renan Calheiros, os supostos aliados José Sarney, Fernando Collor, Romero Jucá e Lindbergh Farias trocaram impressões sobre o cenário político, entre uma taça e outra de vinho.

“E bateram o martelo: do jeito que está, Dilma não passa de setembro no Palácio do Planalto.”

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Resta saber se eles realmente acham isso, ou se estão querendo uma canetada também.

Eu marco as duas opções.

3) Outra matéria da Folha, sobre uma reunião entre Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o ministro Gilmar Mendes e o deputado Paulinho da Força (SD-SP), informa:

“Paulinho da Força afirmou, conforme relatos, que um processo de impedimento da presidente só iria para frente por meio de um acordo que passasse por quatro pessoas: Cunha, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG).

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Um arranjo desses, segundo os desenhos projetados, resultaria em um ‘parlamentarismo branco’ a partir de um eventual impeachment: Temer compartilharia o poder com os presidentes da Câmara e do Senado e governaria em uma espécie de triunvirato até as eleições de 2018.”

Falta o PMDB se acertar com Aécio, que deposita suas esperanças na cassação da chapa Dilma-Temer no TSE e na própria vitória nas eleições convocadas em seguida, para desespero do maior aliado atualmente da petista: Geraldo Alckmin.

4) Em relação ao TSE, Gilmar Mendes deu comentários enigmáticos sobre o que pode ter dito na reunião:

“O que tenho dito é que é preciso ter provas quanto ao abuso de poder econômico e político. Havendo provas, muito provavelmente se chega a uma votação de expressão. É possível que se tenha falado da contagem de votos, coisa do tipo. É possível que eu tenha dito que, dependendo das provas do processo, pode até ter unanimidade. Caso haja provas substanciais, minha expectativa é que haja unanimidade, mas não disse que só se poderia cassar por unanimidade.”

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“É possível que” eu tenha entendido Gilmar Mendes.

Lamentavelmente, porém, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC, foi aconselhado por advogados a permanecer em silêncio durante depoimento à Justiça Eleitoral nesta terça-feira (14), porque “eventuais manifestações poderiam representar riscos” ao acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público Federal, que ainda está sob segredo de Justiça.

Mas “é possível que” Pessoa ignore seus advogados e repita que doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma por temer prejuízos em negócios com a Petrobras.

É possível um monte de coisas, enquanto não saem os julgamentos de Dilma no TSE, no TCU e no Congresso. Nesse ambiente de especulação, pressão e caneta na mão, é possível até que alguém se lembre do Brasil.

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Mas não disse que se lembraria, ok?

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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