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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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ESPECIAL: A verdadeira história dos ataques da CNN e do site Politico a Ben Carson

Imprensa brasileira repercute os embustes da mídia esquerdista americana

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h09 - Publicado em 8 nov 2015, 01h03

Carson

1) Politico

O site americano Politico publicou a seguinte manchete na sexta-feira:

“Ben Carson admite ter fabricado bolsa de West Point”.

Todos os grandes portais da imprensa brasileira repercutiram a suposta reportagem sobre o pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos.

Em sua versão original (que traduzo do inglês), o texto começava assim:

“A campanha de Ben Carson admitiu na sexta-feira, em resposta a uma pergunta do Politico, que um ponto central em sua inspiradora história pessoal foi fabricado: sua inscrição e aceitação na Academia Militar dos EUA em West Point.”

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Um episódio descrito em livro pelo neurocirgurgião aposentado era assim mencionado pelo site:

“De acordo com a autobiografia Gifted Hands (Mãos Talentosas, em português), Carson, então com 17 anos, foi apresentado em 1969 ao general William Westmoreland, que acabara de comandar tropas americanas na Guerra do Vietnã, e os dois jantaram juntos. Aquele encontro, de acordo com o relato de Carson, foi seguido de uma oferta de uma ‘bolsa integral’ para a academia militar.”

Político revelava então que Carson não se inscreveu para West Point, nem foi admitido por tal academia. O autor da suposta reportagem, Kyle Cheney, chegava à seguinte conclusão:

“Quando apresentado a esta evidência, a campanha de Carson admitiu que a história era falsa.”

Falsa, como antecipei na sexta-feira no Twitter, é a história de Kyle Cheney, do Politico.

Nenhum repórter brasileiro, no entanto, foi verificar o que Carson escreveu no livro, nem a diferença entre o que sua equipe de campanha realmente disse e o que o site decidiu publicar.

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Nenhum tampouco verificou a reação de Carson, de sua equipe de campanha, ou de colunistas, jornalistas e advogados que contribuíram para a refutação da suposta reportagem, como John Nolte, Ben Shapiro, Dave Weigel, Gabriel Malor, Derek Hunter, Sean Hannity, Mark Levin.

Em primeiro lugar, o episódio autobiográfico de Carson nada tem de falso.

Eis o trecho, conforme narrado no livro:

“Ao final do meu décimo segundo período, eu marchei à frente da parada do Memorial Day [feriado nacional que homenageia os militares americanos mortos em combate]. Eu me senti tão orgulhoso, meu peito estourando com fitas e tranças de todo tipo.

Para tornar isso mais maravilhoso, tivemos visitantes importantes naquele dia. Dois soldados que haviam conquistado a Medalha de Honra do Congresso no Vietnã estavam presentes. Mais emocionante para mim, o general William Westmoreland (muito proeminente na guerra do Vietnã) participou com uma comitiva impressionante.

Depois, o sargento Hunt me apresentou ao general Westmoreland, e eu jantei com ele e os vencedores da medalha do Congresso. Mais tarde, foi-me oferecida uma bolsa integral para West Point. Eu não recusei a bolsa em definitivo, mas deixei que eles soubessem que a carreira militar não era para onde eu me via indo.”

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No mês passado, Carson reiterou esse relato em entrevista concedida a Charlie Rose:

“Foi-me oferecida uma bolsa de estudos integral em West Point, tive a oportunidade de encontrar o general Westmoreland e de ir a jantares da Medalha de Honra do Congresso. Mas decidi que o meu caminho realmente seria a medicina.”

Em nenhum momento, repare, Carson disse que se inscreveu para West Point.

Na verdade, ele ainda afirmou o seguinte na autobiografia:

“Uma situação irônica me aconteceu no outono de 1968: a maioria das principais faculdades do país tinha me contatado com ofertas e incentivos. No entanto, cada faculdade exigia o pagamento de uma taxa de matrícula não-reembolsável de dez dólares a ser enviada com a ficha de inscrição. Eu tinha exatamente dez dólares, então eu só podia me inscrever para uma delas.”

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A escolhida, no caso, foi Yale, conforme ele próprio escreveu no Facebook em agosto:

“Eu era o estudante com melhor desempenho no ROTC [um programa de treinamento militar para jovens americanos] em Detroit e fiquei emocionado ao receber uma oferta de West Point. Mas eu sabia que medicina é o que eu queria fazer. Então, eu me inscrevi apenas em uma escola. (Era todo o dinheiro que eu tinha). Eu me inscrevi para Yale e graças a Deus eles me aceitaram. Muitas vezes me pergunto o que teria acontecido se eles tivessem dito não.”

Ou seja: Carson jamais mentiu sobre ter se inscrito para West Point.

Nem tampouco mentiu sobre ter recebido uma oferta de bolsa integral de estudos.

A West Point não oferece “bolsas integrais” no sentido técnico: a taxa de matrícula é coberta, desde que você se comprometa com o serviço militar depois. O que aconteceu, de acordo com Carson, foi que aliados de West Point tentaram recrutá-lo dizendo que as aulas seriam cobertas.

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Carson assumiu naturalmente, sem verificar, que isso significava uma “bolsa integral”, como seria em praticamente qualquer outra faculdade. A própria West Point, em seus materiais de marketing, chama de “bolsa integral” (“full scholarship”) a oferta de estudo gratuito na academia:

Propaganda West Point

O que o gerente da campanha eleitoral de Carson, Barry Bennet, havia dito ao Politico por e-mail fora o seguinte:

“Dr. Carson era o melhor aluno do ROTC na cidade de Detroit. Por causa disso, ele foi convidado para conhecer o general Westmoreland. Ele acredita que foi em um banquete. Ele não se lembra em detalhes de sua breve conversa, mas ela girou em torno do desempenho do Dr. Carson como oficial executivo do ROTC na cidade. Ele foi apresentado a membros de West Point por seus supervisores do ROTC. Eles lhe disseram que poderiam ajudá-lo a conseguir uma entrevista com base em suas notas e desempenho no ROTC. Ele considerou isso, mas no final não solicitou a admissão.”

Isto leva à segunda mentira do Politico: a de que a campanha de Carson “admite ter fabricado” a história.

Claro que a campanha não admitiu mentira nenhuma, porque, em primeiro lugar, a história não foi fabricada. O site é que inferiu a suposta confissão, baseando-se em sua própria falsa premissa.

A imprensa brasileira não deveria jamais repercutir como verdade uma inferência originalmente desprovida de aspas, especialmente quando se trata de um ataque à reputação de alguém.

O próprio Carson relembrou ao New York Times o episódio da oferta informal:

“Não me lembro de todos os detalhes específicos. Porque eu tinha ido tão extraordinariamente bem, você sabe, me disseram que eles poderiam obter uma bolsa de estudos para alguém como eu para West Point. Mas eu deixei claro que eu estava indo perseguir uma carreira na medicina. Foi, você sabe, uma maneira informal de dizer ‘com um currículo como o seu, poderíamos facilmente obter-lhe uma bolsa de estudos para West Point’.”

“Fabricação total”, “mentira deslavada”
Na sexta-feira, Carson também acrescentou no programa de rádio de Sean Hannity que a história do Politico é uma “fabricação total”.

A equipe de campanha de Carson disse ao The Daily Caller: “A história do Politico é uma mentira deslavada… A campanha nunca ‘admitiu’ coisa alguma. [Mas] isto é o que esperamos do Politico.

Armstrong Williams, um colaborador próximo de Carson, declarou ao jornal Washington Post:

“Na própria história, a campanha não diz que o Dr. Carson se inscreveu para West Point. Dr. Carson ostenta seu desempenho em ROTC. Westmoreland o encoraja a se inscrever. Como Dr. Carson diz, eles ficaram impressionados com seu desempenho, mas ele nunca se inscreveu. Disseram-lhe: podemos colocar você para dentro. Este cara [Carson] entrou para Yale – obviamente, ele poderia ter conseguido entrar [em West Point]. A manchete [do Politico] foi uma fabricação.”

Em uma tentativa deprimente de voltar atrás, mas mantendo o ataque a Carson, o Politico chegou ao cúmulo de tuitar esta manchete revisada:

Captura de Tela 2015-11-07 às 21.42.31Traduzindo:

“Ben Carson disse que obteve uma ‘bolsa integral’ para West Point. Ele nunca se inscreveu”.

O tuíte só não é mais patético do que a nota do editor, depois acrescentada à matéria original do site, que sofreu uma porção de alterações, inclusive no título, ignoradas pela imprensa brasileira:

“Nota do editor: POLITICO reafirma a sua comunicação sobre esta história, que foi atualizada para refletir a resposta oficial de Ben Carson. A história original e o título diziam que a campanha de Carson havia admitido ter “fabricado” uma “bolsa integral” de West Point, mas agora Carson nega que a declaração de sua campanha constituía tal admissão, e a história e título foram alterados para refletir isso. A reportagem do POLITICO estabeleceu que Carson disse, por escrito e em aparições públicas ao longo dos anos, que recebeu uma ‘bolsa integral’ de West Point – mas na verdade ele não recebeu e não há realmente algo como uma ‘bolsa integral’ para a academia financiada por pagadores de impostos. E hoje, em resposta ao POLITICO, ele reconheceu pela primeira vez que não foi o caso. Carson não escreveu explicitamente que ele havia requerido a admissão à West Point, embora essa tenha sido a implicação clara de sua declaração sobre ter recebido uma oferta de uma ‘bolsa integral’, um ponto que a matéria original do POLITICO deveria ter deixado claro.”

Patético.

A nota do editor continua faltando com a verdade.

1) O Politico, obviamente, não manteve sua comunicação, uma vez que eles mudaram as alegações centrais.

2) Sua tentativa ridícula de fazer a manchete original se passar por uma possível interpretação da resposta da campanha de Carson é absurda. A inferência é falsa.

3) O site não demonstrou que ele não recebeu uma oferta de “bolsa integral” de West Point. Informalmente, ele recebeu tal oferta, e em termos coloquiais, bem como em materiais de marketing da própria West Point, ensino gratuito constitui uma bolsa de estudos.

4) Quanto à noção de que Carson insinuou que ele tinha feito a inscrição para West Point, ela é flagrantemente falsa – ele diz tanto em seu próprio livro quanto no Facebook, e tem dito por anos, que ele se inscreveu apenas para Yale.

Enquanto isso, a mídia continua a ignorar alegações bizarras de Hillary Clinton sobre tentativas de juntar-se aos fuzileiros navais e à NASA e também sobre fugir de um franco-atirador na Bósnia.

Como tuitei na sexta-feira:

Captura de Tela 2015-11-07 às 19.34.27

2) CNN

Na véspera do ataque do Politico, a CNN havia disparado uma não-história, também repercutida pela imprensa brasileira, colocando em cheque o passado de Carson.

Assim como a Folha de S. Paulo noticiou que a “sociedade civil” teme o impeachment de Dilma Rousseff, embora a maioria dos meros 28(!) entrevistados pelo jornal fosse ligada ao PT e apenas 2(!) dos não ligados realmente temessem a medida, a CNN entrevistou apenas 9(!) supostos amigos, colegas de escola e vizinhos de Carson, que disseram simplesmente que não se lembram dos episódios de raiva e violência na infância descritos pelo candidato em sua autobiografia, e então publicou a matéria “Um conto de dois Carsons”, insinuando claramente que ele também mentira nessas passagens do livro.

Carson reagiu na CNN:

“Por que alguém teria conhecimento de episódios particulares como esses? Eu era uma pessoa educada, em geral, só tinha um temperamento péssimo. Por isso, a não ser que se tratasse da vítima do meu temperamento, como saberia disso? Só por que ela me conheceria? Isso não faz sentido.”

Claro que não faz.

Carson narra momentos isolados de irracionalidade em que atacou determinadas pessoas, em virtude de seu “temperamento patológico” – o mesmo que, a partir dos 14 anos, ele aprendeu a vencer, com ajuda da Bíblia, até se tornar o mais bem-sucedido neurocirurgião pediátrico do mundo.

Você acredita, por exemplo, que 9 pessoas aleatórias que possam ter conhecido você na infância se lembram hoje de seus momentos mais explosivos? Quem disse que elas os presenciaram?

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Matt Lewis: “Parece que múltiplas histórias da autobiografia de Ben Carson não podem ser confirmadas ou verificadas.” Derek Hunter: “Assim como eu aposto que múltiplas histórias da vida de todo mundo não podem.”

Só porque 9(!) pessoas não conseguem se lembrar daqueles momentos de Carson ocorridos há 57 anos(!), e que elas podem jamais ter presenciado, a CNN está pintando como um mentiroso e um louco o primeiro médico da história humana a separar gêmeos siameses unidos pela cabeça.

O mais louco é que ele teria mentido ao inventar episódios negativos do qual não se orgulha – como, no mais grave deles, ter tentado atacar com uma faca o “amigo Bob”, felizmente salvo pela fivela do cinto.

Ou seja: ele teria forjado a própria ira para afetar uma redenção pessoal proporcionada pela religião.

A imagem que a esquerda quer pintar de Carson é a que ela faz de qualquer figura pública e/ou religiosa que fala publicamente da sua fé: a de aproveitador barato da ingenuidade alheia.

“A tática que vocês usam, quando alguém está se saindo muito bem, é ‘vamos dar um jeito de distrair as pessoas, para afastarmos os assuntos que realmente importam’”, disse Carson na lata para a CNN.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=2NFENp2wOlM?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Quanto aos nomes das vítimas reais do menino Carson, o candidato obviamente disse tê-los trocado em seu livro, como é tradição secular na literatura autobiográfica, justamente para preservá-las, exatamente como fez em relação a seus pacientes sempre que os citou.

Ele afirmou na Fox News que, se essas pessoas quiserem vir a público falar a respeito, é uma escolha delas, e que apenas não fará isso em seus lugares.

Carson contou que o “amigo Bob”, na verdade, é um “parente próximo” com quem ele disse ter conversado após a matéria da CNN e que lhe pediu para não ser exposto.

Obviamente, boa parte da mídia já acrescentou essa simples revelação ao bolo de supostas mentiras, supostamente confessadas, para lançar uma aura de desconfiança sobre o candidato mais bem avaliado da presente corrida eleitoral no quesito honestidade e confiabilidade.

“Eu diria ao povo americano: vocês acreditam que eu sou um mentiroso patológico como a CNN acredita?”, perguntou Carson.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=UL9j_loMMYQ?feature=oembed&w=500&h=281%5D

A reação de Maeve Reston, coautora da matéria da CNN, à pergunta de Carson na Fox News é de um cinismo exemplar.

Com sobrancelhas arcadas, no tom demagógico da emissora, ela disse que não, imagina, jamais afirmou que ele é um mentiroso, só que as pessoas não se lembram, sabe, afinal só estava fazendo o que faz com todo candidato e blá-blá-blá, como se a não-história, desde o título, não insinuasse que Carson mente.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=kSta1Og0qog?feature=oembed&w=500&h=281%5D

Em coletiva, Carson tratou de rebater os ataques da CNN e do Politico, mostrando o duplo padrão da mídia:

“Eu não me lembro deste nível de escrutínio em relação ao presidente Barack Obama quando ele estava concorrendo. Na verdade, eu me lembro exatamente do oposto. Lembro-me de pessoas [dizendo] apenas ‘bem, bem, não vamos realmente falar sobre isso. Nós não vamos falar sobre essa relação. Bem, Frank Marshall Davis, bem, não quero falar sobre isso. Bernardine Dohrn, Bill Ayers, bem, ele realmente não o conhecia’. Todas as coisas que Jeremiah Wright estava dizendo, ‘bem, não é um grande problema’. [Obama] Vai para o Occidental College, não se sai muito bem e de alguma forma acaba na Universidade de Columbia. Seus registros são selados [como confidenciais]. Por que estão selados os registros? Por que vocês não estão interessados em por que seus registros são selados?”

Pois é.

Em 2008, de fato, apenas um mês antes do dia da eleição, o repórter investigativo da CNN Drew Griffin descobriu um divisor de águas: o então candidato Barack Obama havia mentido repetidamente sobre seu relacionamento adulto com o terrorista Bill Ayers, muito mais profundo do que ele admitira. Assista ao vídeo. Ao fim dele, o âncora Anderson Cooper, da CNN, dá-se por satisfeito por saber que Obama disse não concordar com Ayers sobre os episódios de violência do passado e pronto: a história que mudaria a eleição se Obama fosse republicano é deixada de lado – e a CNN não tocou mais no assunto.

Na coletiva, Carson ainda falou o seguinte sobre o cerco da mídia:

“O que essas coisas mostram é que há um desespero para tentar encontrar um modo de me punir. Porque eles estão vasculhando tudo. Eles andam falando com todo mundo que um dia eu já conheci. ‘Tem que haver um escândalo! Tem que haver uma enfermeira com quem ele teve um caso! Tem que ter alguma coisa!’ Eles estão ficando desesperados. Então, na próxima semana vai ser o meu professor de jardim de infância que disse que eu urinei nas calças. Isso é ridículo. Mas tudo bem, porque eu esperava exatamente isso.”

Como a campanha de Carson já denunciava a mídia como uma máquina de ataque tendenciosa para a esquerda, os ataques simultâneos da mídia à sua reputação apenas corroboram sua tese.

Se ele souber capitalizá-los a seu favor, pode sair não apenas incólume, mas ainda mais forte.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=PrMmP9-3TSg?feature=oembed&w=500&h=281%5D

* Relembre aqui no blog o perfil de Ben Carson:
O mundo inteiro está cheio de todo mundo

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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