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Felipe Moura Brasil

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Análises irreverentes dos fatos essenciais de política e cultura no Brasil e no resto do mundo, com base na regra de Lima Barreto: "Troça e simplesmente troça, para que tudo caia pelo ridículo".
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As armas da mentira no paraíso de assassinos e psicopatas

Estrelando: Barack Dilma Obama Rousseff

Por Felipe Moura Brasil Atualizado em 31 jul 2020, 00h22 - Publicado em 6 out 2015, 16h20

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Não é só Dilma Rousseff que mente para ganhar eleição.

Na campanha presidencial de 2008 – como mostrou na ocasião o insuspeito New York Times, bíblia esquerdista do jornalismo americano -, o senador e então candidato Barack Obama disse a eleitores, durante um comício, o que traduzo abaixo:

“Uma coisa que eu quero deixar claro, enquanto tratamos deste tema da América rural: há uma grande quantidade de pessoas que vem até mim e diz: ‘Sabe, Barack, eu gosto do seu plano econômico, e eu estou cansado de George Bush, mas, sabe, eu recebo a mala direta da Associação Nacional de Rifles (NRA, na sigla em inglês, entidade que combate o desarmamento) e eu estou preocupado que você vá tomar minha arma.’

Eu só quero ser absolutamente claro, ok? Eu só não quero qualquer mal-entendido quando vocês todos forem para casa e falarem com seus amigos, e eles disserem: ‘Oh, ele quer tomar minha arma.’ Vocês ouviram aqui, e eu estou na televisão, então todo mundo sabe. Eu acredito na Segunda Emenda.

Eu acredito no direito legítimo do povo de portar armas. Eu não vou tomar sua espingarda. Eu não vou tomar o seu rifle. Eu não vou tomar sua pistola.

Então, se você quiser encontrar uma desculpa para não votar em mim, não use essa! Isso simplesmente não é verdade!”

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Obama arrancou risos e aplausos da multidão iludida.

No dia 1º de outubro de 2015, após o massacre de Oregon, ele veio a público antes mesmo dos detalhes do caso para dar um discurso bem diferente, que, na verdade, já tinha virado rotina durante seus governos, como ele próprio deixou claro (obviamente sem lembrar as promessas de campanha):

“Aconteceu outro massacre na América, desta vez em uma universidade em Oregon. Isso significa que há mais famílias americanas, mães, pais, crianças, cujas vidas foram alteradas para sempre.

Nós conversamos sobre isso depois de Columbine e Blacksburg, depois de Tucson, depois de Newtown, depois de Aurora, depois de Charleston. Não pode ser tão fácil para alguém que quer infligir danos a outras pessoas obter em suas mãos uma arma.

E o que se tornou rotina, é claro, é a resposta para aqueles que se opõem a qualquer tipo de legislação de senso comum para armas. Agora, eu posso imaginar os comunicados de imprensa sendo repercutidos: ‘Precisamos de mais armas’, argumentam eles, ‘menos leis de desarmamento’. Alguém realmente acredita nisso?

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E, claro, o que é também rotina é que alguém em algum lugar vai comentar e dizer: ‘Obama politizou essa questão.’ Isto é algo que devemos politizar. É relevante para a nossa vida em comum, para o corpo político.

Espero e rezo para que eu não tenha que sair novamente durante meu mandato como presidente para oferecer minhas condolências às famílias nestas circunstâncias. Mas, com base na minha experiência como presidente, eu não posso garantir isso. E é terrível dizer isso. E isso pode mudar.”

A realidade
Isto felizmente não deverá mudar, porque o congresso republicano não permitirá.

Obama omite, mas, entre 2009 e 2014, 92% dos massacres nos EUA aconteceram em zonas livres de armas (‘gun-free zones’), o paraíso instaurado pela esquerda obamista (não na Casa Branca, que eles não são bobos) e procurado por assassinos lunáticos e psicopatas como o local ideal para matarem o maior número de pessoas sem que ninguém armado os interrompa.

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Charge Gun Free

Zona Livre de Armas: “Isso deve me dar ao menos 20 minutos para barbarizar o lugar”.

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Segundo uma pesquisa Pew de 2014, 52% dos americanos dizem que é mais importante proteger o direito de possuir armas, enquanto 46% dizem que é mais importante controlar a posse de armas.

Claro. O que é mais plausível para acreditar?

1) Que massacres altamente planejados em locais escolhidos a dedo seriam evitados porque o cruel assassino só poderia comprar sua arma ilegalmente, como qualquer um compra maconha?

2) Ou que a presença de pessoas legalmente armadas dissuadiria (ou interromperia) cruéis assassinos, preservando mais vidas, como já aconteceu em outros casos?

Votar na primeira opção é como ter acreditado em Obama em 2008 e Dilma Rousseff em 2014.

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A maioria do povo americano prefere as armas, de modo que nem é bom para o Partido Democrata insistir no tema durante a campanha de 2016. Mas é bom para Obama.

Com isso, ele desvia a atenção não apenas do caráter anticristão do assassino de Oregon, mas de temas ainda piores, como resumiu Glenn Reynolds, no USA Today:

“Na Síria, Putin está fazendo Obama parecer fraco, expulsando aviões dos EUA do céu, bombardeando os rebeldes apoiados pela CIA, e aliando-se com tropas iranianas. Obama não tem qualquer resposta real, o que resultou na manchete da The Economist: ‘Putin se atreve, Obama hesita’.

Enquanto isso, apesar do Prêmio Nobel da Paz de Obama, a guerra de 14 anos no Afeganistão continua, com as forças dos EUA aparentemente bombardeando, por engano, um hospital civil administrado pelo grupo Médicos Sem Fronteiras, e matando muitos.

Na Ucrânia, a Rússia está instalando novos e mais avançados mísseis. Putin também está construindo uma base grande, perto da fronteira Ucrânia-Rússia.

(…) Aqui em casa [nos EUA], o Serviço Secreto entrou para a lista dos organismos do governo Obama que abusaram de seus poderes para atingir adversários políticos – neste caso, o deputado Jason Chaffetz, republicano de Utah. E, em seguida, o diretor do Serviço Secreto mudou sua história, contradizendo as declarações iniciais de que ele nada sabia sobre isso.

Enquanto isso, os números mais recentes de emprego no país mostram um registro de 94.610.000 americanos fora da força de trabalho, a menor taxa de participação laboral em 38 anos (…).

E, claro, há o constante respingo do escândalo de e-mail de Hillary Clinton, a secretária de Estado de Obama na maior parte de sua presidência, o que resulta em perguntas sobre o quanto o presidente e outros funcionários sabiam sobre suas práticas obscuras.

Na verdade, Obama prefere simplesmente não não falar sobre qualquer um desses desastres. A questão das armas pode não render uma vitória para ele, mas é uma questão ideologicamente dividida, onde a maioria dos democratas vai ficar do seu lado, e é um assunto quente que deixa inflamar o debate apenas por levantá-lo.

Essas outras histórias, no entanto, levantam questões sobre a presidência de Obama que mesmo os democratas estão achando difícil de ignorar. É de se admirar que Obama prefire falar sobre armas?”

Nããããããããão!

* Relembre aqui no blog:
– Programa Contexto sobre os embustes do desarmamento

Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil

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