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Por que os americanos não se abraçam?

É raro ver americanos se abraçando e se beijando nas calçadas.

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 23h11 - Publicado em 23 mar 2016, 11h45

É raro ver americanos se abraçando e se beijando nas calçadas. Isso acontece porque esses gestos foram condenados pelos religiosos desde os primeiros anos de formação dos Estados Unidos. “Os puritanos consideravam que essas demonstrações de afeto eram comportamentos sexuais, que só poderiam ocorrer em lugares privados“, diz o americano Charles T. Hill, professor de psicologia da Universidade Whittier, nos Estados Unidos.

Os puritanos eram cristãos protestantes que se revoltaram contra a igreja da Inglaterra. Muitos deles decidiram construir um mundo próprio do lado de cá do Oceano Atlântico. Eles se acreditavam os verdadeiros herdeiros de Israel e pensavam que o ser humano era propenso à depravação, a qual devia ser reprimida.

As primeiras leis para regular o comportamento, de 1620, já proibiam demonstrações públicas de afeto entre homem e mulher aos domingos. Mais tarde, os puritanos acabaram influenciando pessoas de outras religiões e os imigrantes que chegaram depois. Gestos de afeto em público são conhecidos nos Estados Unidos como PDAs, public display of affection.

É claro que, após tanto tempo, essas leis já perderam muita força. “Essas regras desapareceram bastante nos últimos 50 anos. Jovens se abraçam e se beijam, embora levemente. Também houve uma mudança muito intensa entre os casais homossexuais. Os abraços entre eles agora são muito mais aceitos, principalmente nas cidades costeiras e mais liberais”, diz Gary Alan Fine, professor de sociologia da Universidade Northwestern, em Chicago.

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O interessante é que, há algumas décadas, os canais americanos de televisão cortavam as cenas dos jogadores europeus se abraçando para comemorar um gol. Não era considerado algo masculino. “Mais recentemente, com as câmeras procurando captar melhor a emoção dos atletas, os abraços começaram a ser vistos com mais frequência”, diz Charles T. Hill, que já viajou 51 países estudando os relacionamentos íntimos.

As regras de bom comportamento em público são transmitidas principalmente nas igrejas e dentro de casa. Nas escolas, quando estudantes começam a se abraçar e beijar com mais tesão, é comum alguém dizer “vá arrumar um quarto” (get a room, em inglês).

Entre os conceitos transmitidos de boca em boca (com a devida distância) estão os de “espaço pessoal” e de “bolha”. Ambos têm embutida a noção de que cada um tem direito a uma área em volta de si e não deve ser importunado dentro dela. Entre jovens que se conheceram recentemente, é cada vez mais comum ouvir a pergunta: “quanto de PDA você está disposto?”.

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