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Clarissa Oliveira

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Quando o cidadão Jair fala mais alto

Na ONU, Bolsonaro só vestiu um terno no mesmo personagem do cercadinho no Palácio da Alvorada e das lives de quinta-feira

Por Clarissa Oliveira Atualizado em 21 set 2021, 12h08 - Publicado em 21 set 2021, 11h50

Ao comentar ontem a influência dos filhos do presidente Jair Bolsonaro no governo durante a estreia do Amarelas On Air, novo programa de entrevistas de VEJA, o ex-presidente Michel Temer disse que é preciso ter em mente que quem conversa com Bolsonaro não se dirige ao cidadão, mas ao presidente da República. Daí a importância, segundo ele, de um presidente ter “opinião própria” e não se deixar influenciar por “palpites”.

O raciocínio de Temer é um dos princípios básicos da política: o papel de chefe de Estado vem em primeiro lugar. Não é o que se viu já na chegada de Bolsonaro a Nova York para a Assembleia Geral da ONU. Quem desembarcou ali foi o tal cidadão mencionado por Temer. É aquele cara que é barrado em restaurantes e prefere comer uma pizza na calçada, porque não acredita na vacina contra o coronavírus. Que se cerca de amigos grosseiros, que mostram o dedo do meio e fazem gestos de armas para manifestantes no meio da rua.

Em seu discurso na ONU, o cidadão Jair fez valer o palco. Primeiro, pintou um Brasil de fantasia, exemplar na área ambiental, livre de corrupção e recheado de estatais pulsantes. Depois fez um balanço bem ao seu estilo da pandemia: criticou o isolamento social, firmou posição contra exigência de comprovantes de vacina e insistiu mais uma vez na defesa do tratamento precoce contra a Covid-19. E, em cima disso, destacou uma escalada da inflação e jogou a culpa em medidas de lockdown tomadas por governadores e prefeitos.

Em resumo, Bolsonaro só vestiu um terno naquele mesmo personagem que costuma entreter apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada e nas lives de quinta-feira nas redes sociais. Leu um discurso que nunca não foi escrito para a comunidade internacional, mas sim para o mesmo público que o aplaudiu nos atos de 7 de setembro. Aliás, descritos por ele para chefes de Estado do mundo todo como a maior manifestação da história.

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