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‘Hotel da sucessão’, por Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann Só quem conhece a história da TV brasileira recorda deste programa de sucesso de 1955, na época da eleição que levou Juscelino Kubitschek ao poder. No hotel se hospedavam os personagens da campanha. Lá circulava não muito discretamente um objeto misterioso que convencia os políticos a mudar de opinião.

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 04h55 - Publicado em 27 nov 2013, 07h51

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

Só quem conhece a história da TV brasileira recorda deste programa de sucesso de 1955, na época da eleição que levou Juscelino Kubitschek ao poder. No hotel se hospedavam os personagens da campanha. Lá circulava não muito discretamente um objeto misterioso que convencia os políticos a mudar de opinião.

Pois agora, a um ano da eleição, 58 anos depois, outro hotel entra em cena. O ex-ministro José Dirceu pediu ao Supremo que o autorize,como presidiário em regime semiaberto, a trabalhar durante o dia na gerência do Hotel St. Peter, em Brasília. José Dirceu, trabalhando em hotel, sem qualquer experiência no ramo?

Depende do ramo. O proprietário do Hotel St. Peter é Paulo Abreu, empresário de comunicações, de tradicional família de políticos (como os ex-deputados Dorival de Abreu e José de Abreu). É dele a Rede Mundial, que engloba uma série de emissoras de rádio em São Paulo, Supertupi AM e FM, Kiss FM, Scalla FM, Apollo FM, Terra AM e FM, Atual, com ótima audiência. Mas seu sonho é maior: ressuscitar a TV Excelsior, que já foi a maior rede do país sob o comando de Mário Wallace Simonsen, e destruída pelo regime militar. Paulo Abreu, ao longo dos anos, obteve os direitos da TV Excelsior; e não encontra resistência no Ministério das Comunicações. Só falta um decreto presidencial, que elimine eventuais pendências da velha Excelsior com o Governo Federal e lhe deixe o caminho livre.

Como dizia José Dirceu, quando ele dava um telefonema “era um telefonema!” Prestar-lhe um favor, tê-lo ao lado todos os dias ─ que mal faz?

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Os mais iguais
O artigo 231 do Estatuto do PT determina a expulsão de petistas condenados “por crime infamante ou práticas administrativas ilícitas, com sentença transitada em julgado”. Nenhum dos condenados com trânsito em julgado no processo do Mensalão foi expulso, ou teve o processo de expulsão iniciado.

O decreto 4.207/02 determina a cassação de medalhas oficiais de condenados com trânsito em julgado. José Dirceu tem a Medalha da Ordem do Mérito Militar; José Genoino, a Medalha do Pacificador; Roberto Jefferson, a Medalha do Pacificador e a Ordem do Mérito Militar; Valdemar Costa Neto, a Medalha do Pacificador. A Medalha do Pacificador deve ser cassada por ato do comandante do Exército, general Enzo Peri; cabe ainda a ele notificar o Conselho da Ordem do Mérito Militar da situação dos condenados. Mas até agora ninguém se moveu, muito menos ele: essa história de obedecer às normas é para os menos iguais.

Economizar, jamais
A coluna Diário do Poder, de Cláudio Humberto, faz uma comparação impressionante entre Brasil e Estados Unidos. O Palácio do Planalto, sede do Governo brasileiro, tem 4.600 funcionários; a Casa Branca, sede do Governo americano, tem 460 funcionários. O presidente americano mora e trabalha na Casa Branca. O presidente brasileiro trabalha no Palácio do Planalto, mora no Palácio da Alvorada e dispõe da Granja do Torto; tem também à disposição o Palácio Rio Negro, em Petrópolis.

E a mania de palácios à vontade não é exclusiva dos presidentes, seja qual for seu partido: o governador de São Paulo mora e trabalha no Palácio dos Bandeirantes, tem um palácio no Horto Florestal, em São Paulo, tem outro palácio em Campos do Jordão. Para que? Para nada.

The British way
O primeiro-ministro britânico mora e trabalha numa casa em Downing Street, 10. A casa foi um presente do rei George 2º a seu principal ministro, Robert Walpole, por bons serviços prestados. Walpole aceitou o presente, desde que não fosse algo pessoal: a casa seria utilizada por quem quer que ocupasse o cargo.

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Tudo numa boa
As denúncias sobre fraude em São Paulo no pagamento do Imposto sobre Serviços, ISS, são pesadas. As empresas que pagaram propina dizem ter sido chantageadas, mas os denunciantes afirmam que o pessoal da construção civil era o primeiro a saber quem iria chefiar a fiscalização da Prefeitura e que as empresas procuravam os fiscais para combinar o desconto nos impostos e o valor do suborno.

OK, não é caso de condenar antes de julgar; mas não dá para ficar por isso mesmo por anos a fio. Por que não foi solicitada ainda a quebra do sigilo bancário e fiscal das empresas denunciadas? Aquela lei que pune empresas corruptoras, afastando-as de negócios com o poder público, por onde anda?

Crivella na briga
O ministro e senador Marcello Crivella acha que chegou sua hora: está pronto para disputar o Governo do Rio, na sucessão de Sérgio Cabral, enfrentando nomes como o senador Lindbergh Farias, o vice Pezão, os ex-governadores Anthony Garotinho e César Maia. A legenda de Crivella é o PRB, ligado à Igreja Universal. Ele se atribui grande poder político: segundo disse em entrevista a O Dia, foi quem convenceu o atual governador fluminense Sérgio Cabral a deixar a oposição e aliar-se ao Governo petista.

Afirma Crivella que Cabral, disputando o segundo turno no Rio contra a juíza Denise Frossard, inclinava-se a apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência, contra Lula, mas cedeu a seus argumentos: Crivella só lhe daria apoio se largasse Alckmin e ficasse com Lula.

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