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‘É fascinação e amor’, por Carlos Brickmann

Publicado na coluna de Carlos Brickmann CARLOS BRICKMANN O papa Francisco conquistou o Brasil. Tem carisma, uma empatia evidente com a população. Seus hábitos simples caíram no gosto do povo (e não só dos católicos). Falou de religião enquanto as autoridades tentavam conquistar eleitores. Mas, principalmente, ganhou o país por outro fator positivo: a tolerância. […]

Por Augusto Nunes Atualizado em 31 jul 2020, 05h42 - Publicado em 31 jul 2013, 09h31

Publicado na coluna de Carlos Brickmann

CARLOS BRICKMANN

O papa Francisco conquistou o Brasil. Tem carisma, uma empatia evidente com a população. Seus hábitos simples caíram no gosto do povo (e não só dos católicos). Falou de religião enquanto as autoridades tentavam conquistar eleitores. Mas, principalmente, ganhou o país por outro fator positivo: a tolerância.

Enquanto fundamentalistas anticatólicos e ateus que se imaginam melhores que os outros partiram para a grosseria e a intolerância, profanando símbolos religiosos e promovendo lamentáveis cenas de talibanismo (os talibãs afegãos, lembremos, dinamitaram duas magníficas estátuas de Buda, com mais de mil anos de idade, porque Buda não era muçulmano), o papa tomou cafezinho com um pastor evangélico, conversou com dirigentes de várias religiões, monoteístas ou não, e admitiu que muitos católicos se afastaram da Igreja porque a Igreja não lhes dava assistência espiritual. Lembrou que todos são filhos de Deus. E, nesse denso contexto, condenou sem reservas a homofobia, o ódio aos homossexuais. “Se a pessoa é gay e procura Deus, quem sou eu para prejulgá-la?”

Marketing? Não, ele é assim mesmo. Há anos é grande amigo de um rabino, Abraham Skorka, e com ele escreveu um livro ótimo, Sobre o Céu e a Terra ─ sobre tolerância, convivência entre pessoas com crenças diferentes. O papa mostrou que discordar de um comportamento não significa discriminar pessoas. E disse: “Casais que moram juntos antes do casamento são um fato antropológico”.

O papa Francisco venceu. O Brasil preferiu a tolerância ao rancor.

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A descoberta… 
O papa, veja só, conseguiu abrir até a dura cabeça do governador fluminense Sérgio Cabral. O governador disse que, inspirado por Francisco, será agora mais humilde e aberto ao diálogo. Cabral se achava quase perfeito, embora lhe faltasse a humildade. 

Agora, com toda a nova humildade, deve considerar-se perfeito.

…de Cabral
Os grupos que se manifestam incessantemente em frente ao prédio em que mora Sérgio Cabral ultrapassam os limites do que é civilizado: a família e os vizinhos do governador não são responsáveis pelo seu Governo nem devem ser vítimas de seus adversários. Que se proteste contra o governador diante da sede do Governo, poupando família e vizinhos. E não se pode esquecer que Cabral nunca foi melhor do que é hoje; mesmo assim, elegeu-se e reelegeu-se governador, em eleições diretas e limpas.

Mas alguém precisa informar o neo-humilde Cabral que reclamar só do incômodo imposto à sua família pelos manifestantes é demonstração de falta de humildade. Nem se lembrou do sofrimento dos vizinhos.

A voz de Dilma
A presidente Dilma Rousseff deu longa entrevista a respeito das maravilhas e das medidas ─ invariavelmente corretas ─ de seu Governo que pode ser resumida em poucas palavras: “Se não têm pão, comam brioches”. Em outra época, quem disse a mesma coisa foi uma rainha francesa, Maria Antonieta. 

Ficou famosa!

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A voz das ruas
Dilma disse que entendeu a voz das ruas mas que não vai mudar nada no Governo. Os parlamentares dizem ter entendido a voz das ruas e saíram de férias sem votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que obrigatoriamente precisa ser aprovada antes das férias. E a gastança maluca não se esgotou na recepção do governador Sérgio Cabral ao papa Francisco, em que um bufê teve a audácia de cobrar (e o Governo fluminense teve a audácia de pagar) R$ 1.300,00 por pessoa, para servir café, água e biscoitos. O Congresso também saiu gastando sem freios.

Os ouvidos do Poder
Em fevereiro, tanto Renan Calheiros, ao assumir a Presidência do Senado, quanto Henrique Alves, ao assumir a Presidência da Câmara, prometeram reduzir as despesas. Resultado: o Congresso gastou R$ 140 milhões a mais que no mesmo período do ano passado, já levada em conta a inflação. Veja o balanço completo aqui.

Os bolsos do cidadão
E a festa continua. Dois anúncios do Senado deram na vista. Primeiro, pela publicação num pé de página, em letras pequenas; segundo, embora tratassem de licitações, por não se tocar em valor. Mas o que saiu já mostra do que se trata: mais luxos. Uma das licitações visa alugar veículos com motorista, para atender aos senadores em seus Estados, todos os dias, mesmo que o senador esteja em Brasília. São, no total, 78 carros (os senadores brasilienses ficam só com os carros que já têm, tadinhos!). 

E, como senador não é papa, nada de automóvel de pobre. É carro caprichado. O outro edital é para compra de material gráfico. Divulgar as maravilhas que o senador faz em seu mandato também é transparência.

Perdendo a razão
A revolta dos médicos contra a decisão do Governo de buscar estrangeiros sem exigir que revalidem seus diplomas no Brasil (e contra a tentativa de jogar nos médicos brasileiros a culpa por problemas sanitários, de falta de infraestrutura, de falta de verba) é justíssima. Mas greve de médicos é coisa errada: quem sofre não pode pagar pela culpa do Governo. 

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