SP desenvolve ferramenta financeira mais ágil que fundo climático
A plataforma será responsável por captar, gerir e aplicar recursos no fortalecimento da resiliência climática

Diante de um cenário de eventos climáticos extremos, os governos não possuem muito escolha a não ser mudar o olhar para o meio ambiente. É preciso evitar níveis de aquecimento ainda mais drásticos e desenvolver medidas mitigadoras para diminuir o impacto nas populações mais expostas e assim evitar tragédias anunciadas, como mortes e perdas econômicas, provocadas por desmoronamentos e enchentes arrasadoras. Como o aquecimento global já bateu à porta e caminha para a sala de visitas, existe uma pressa na implantação de políticas públicas emergenciais, de médio e de longo prazo. Com o objetivo de acelerar as ações, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil) lançou uma ferramenta financeira, com o objetivo de atrair mais investimentos.
Mas não se trata de um fundo. A Finaclima-SP é um sistema mais ágil, que não depende de licitações, o que de saída elimina processos longos e burocráticos. “Temos bons projetos, que precisam de escala, que não se concretizarão se não houver investimentos”, diz a secretária Natália Resende, da Semil. “Por isso foi desenvolvida uma plataforma que dá match entre projetos e investidores. ” Além disso permite o acompanhamento dos gastos em todos os estágios.
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A ferramenta será gerida por uma empresa privada, independente, durante sete anos que pode ser prorrogável por mais sete. A ideia foi do construir um mecanismo de financiamento climático mais atrativo para o mercado, com menos burocracia e mais previsibilidade.
“Já temos todo o mapeamento das áreas potencialmente recuperáveis, com dados detalhados e toda a inteligência necessária para facilitar a implementação de projetos de restauração”, explica Natália. Basta o investidor escolher o local e o projeto.