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ONU avisa: é preciso ações globais mais drásticas para limitar aquecimento em 1,5ºC

Realizado pelos maiores cientistas do mundo, novo relatório do clima aponta que para atingir meta ações tem de ser intensificadas em seis vezes

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 out 2024, 06h28 - Publicado em 24 out 2024, 23h42
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  • Os eventos climáticos extremos que aconteceram mundo afora este ano deveriam ser suficientes para confirmar a urgência de mudança na forma como o homem lida com o meio ambiente. A conta da destruição das florestas, do ar e das águas já chegou, em forma de furacões, queimadas e tempestades arrasadoras. Mas parece pouco. Nesta quinta-feira, 24, o alerta veio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (sigla em inglês, UNEP), que emitiu uma mensagem clara ao mundo: as nações precisam tomar medidas mais drásticas para limitar o aquecimento global em 1,5°C, conforme foi estabelecido no Acordo de Paris, caso contrário, a meta será inatingível dentro de alguns anos.

    Essa é a conclusão da 15ª edição de uma série de estudos anuais que reúnem os principais cientistas climáticos do mundo para analisar as tendências futuras das emissões de gases do efeito estufa e oferecer possíveis soluções. Intitulado “Relatório da Lacuna de Emissões de 2024: chega de calor…por favor!”, ele examina a lacuna entre as metas de redução de emissões e os compromissos atuais. A análise aponta que as ações estão em descompasso com as necessidades. Os países não podem mais adiar seus compromissos com meio ambiente. Investimentos em mitigação climática precisam ser seis vezes maiores para evitar cenários ainda mais trágicos do que o mundo vem assistindo.

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    A novidade do relatório deste ano é que, para alcançar o limite de 1,5°C, será necessário reduzir as emissões globais em 42% até 2030 e 57% até 2035. Caso contrário, a temperatura global pode aumentar entre 2,6°C e 3,1°C até o final do século, resultando em impactos devastadores para a vida humana, os ecossistemas e a economia global.

    Entre as soluções propostas pelo relatório, destaca-se o papel crítico de tecnologias como a energia solar e eólica. além da importância de esforços coordenados de todos os atores da economia e política global. Mostra a importância da cooperação internacional tanto dos governos como do setor privado, especialmente dos países do G20, responsáveis pela maior parcela das emissões globais. A boa notícia é que se as nações acelerarem, tecnicamente, ainda é possível alcançar as metas do Acordo de Paris, mas o relógio está correndo e o tempo acabando.

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