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O drama da Cidade do México: 22 milhões podem ficar sem água

Estiagem prolongada faz secar reservatórios e põe uma das maiores metrópoles do planeta em alerta

Por Ernesto Neves Atualizado em 8 Maio 2024, 13h36 - Publicado em 2 abr 2024, 10h01
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  • Sétima maior região metropolitana do planeta, a Cidade do México, com 22 milhões de habitantes, enfrenta a mais grave crise hídrica de sua história.

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    De acordo com especialistas locais, os reservatórios que abastecem a capital mexicana caíram a menos de 40% de sua capacidade, e podem secar completamente no próximos meses.

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    Os índices pluviométricos da região estão abaixo do normal há cinco anos, segundo autoridades.

    A estiagem atípica para os padrões locais, avisam cientistas, é resultado do agravamento das mudanças climáticas.

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    Além de fazer a chuva sumir, o aquecimento global também intensificou as ondas de calor que se abatem sobre o México durante o verão.

    Uma combinação explosiva, que faz aumentar o consumo de água justamente quando é preciso economizar.

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    Como resultado, o governo foi obrigado a introduzir severo racionamento de água, impactando especialmente os mais pobres.

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    Políticos ligados ao prefeito, Marti Batres, e ao presidente, Andrés Manuel López Obrador, tentam minimizar a situação.

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    Ambos afirmam que é possível redirecionar água de outros estados para a metrópole, evitando assim o colapso.

    Mas especialistas advertem que a situação é tão crítica que a Cidade do México pode estar caminhando para o “dia zero”, ou seja, ficar inteiramente sem água, em questão de meses.

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    Moradora do bairro Las Peñas, na Cidade do México, armazena água durante racionamento
    Moradora do bairro Las Peñas, na Cidade do México, armazena água durante racionamento (Getty/Getty Images)

    Atualmente, os reservatórios que abastecem a capital têm apenas 38% da capacidade, em média, nível muito abaixo do considerado seguro.

    E não deve haver alívio tão cedo, já que a estação das chuvas só começa em agosto.

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    Além das mudanças climáticas, contribuem para o agravamento da crise a falta de planejamento urbano da Cidade do México.

    Nada menos que 40% da água captada para abastecimento acaba perdida em vazamentos, já que o encanamento local é velho e não tem manutenção.

    “É uma situação sem precedentes”, afirma Rafael Carmona, diretor da SACMEX, empresa responsável pelo abastecimento da capital.

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    “As chuvas estão anormais há cinco anos,  criando uma crise não tínhamos experimentado na história”, completa.

    A maior parte do México enfrenta estiagem extrema ou excepcional, as piores na escala do órgão que monitora a seca.

    Segundo o observatório meteorológico do país, 75% do território tem chuvas abaixo da média.

    Outra questão que desperta críticas na opinião pública mexicana é a desigualdade no acesso à água.

    Em Valle de Bravo, bairro de classe média alta, uma barragem responsável por fornecer água para 6 milhões de pessoas está à beira do colapso.

    Mesmo assim, centenas de mansões da área mantém lagos artificiais e piscinas plenamente abastecidos.

    Bomba extrai água da barragem Miguel Alemán, na região metropolitana da Cidade do México, que está com 31% de sua capacidade total
    Bomba extrai água da barragem Miguel Alemán, na região metropolitana da Cidade do México, que está com 31% de sua capacidade total (Getty/Getty Images)
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