Meteorologista especializado em furacões, John Morales se emocionou ao entrar ao vivo numa transmissão da rede de TV americana NBC na última segunda-feira, 7.
Morales percebeu enquanto estava no ar que o furacão Milton, atualmente sobre o Golfo do México, havia se transformado numa catastrófica tempestade Categoria 5, a mais intensa na escala de furacões.
Durante o programa, Morales chegou a ficar sem palavras. E, visivelmente emocionado, expressou estupefação.
“É simplesmente um furacão incrível, incrível, incrível”, afirmou. “Peço desculpas. Isso é simplesmente terrível”, prosseguiu.
Morales continuou: “Os ventos são de 260 quilômetros por hora. E ele está ganhando força no Golfo do México, onde o oceano está tão incrivelmente quente. Há um recorde de calor, como você pode imaginar. Você sabe o que está causando isso. Não preciso dizer: o aquecimento global, as mudanças climáticas estão levando a isso”.
Ainda na segunda-feira, Morales comentou sobre sua preocupação nas redes sociais. Dizendo que o clima extremo causado pelo aquecimento global é uma realidade. “Francamente, vocês também deveriam ficar abalados e exigir ação climática já”.
Climatologistas já sabem que o aquecimento global causado pela emissão de combustíveis fósseis está tornando eventos extremos como os furacões mais potentes. O aquecimento anormal do Oceano Atlântico Norte é verificado desde 2023.
Nesta terça-feira (8), o furacão Milton perdeu um pouco da força e desceu para a Categoria 4. Mas, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês), ele mantém “elevado potencial destrutivo”.
A tempestade deve tocar o solo na Flórida na quarta-feira, 9, duas semanas após outro furacão, o Helene, ter inundado a costa do estado americano.
O órgão de meteorologia americano afirma que os ventos de mais de 250 quilômetros por hora devem causar danos generalizados, incluindo a formação de tornados e chuva torrencial, acompanhada de elevação das marés.
“Milton tem o potencial de ser um dos furacões mais destrutivos já registrados na região centro-oeste da Flórida”, divulgou o CNH.
Meteorologistas preveem uma elevação da maré em até 4,5 metros acima do nível do solo na região da importante cidade de Tampa, com 3,3 milhões de habitantes.
Parte da população da Flórida já começou a evacuar a região e há tráfego intenso em rodovias para o norte da Flórida e outros estados.
Equipes de resgate também apressaram as operações para limpar os destroços deixados pelo furacão Helene.