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El Niño chegou ao fim — o que vem a seguir

O fenômeno, que aqueceu as águas do oceano e virou o clima de cabeça para baixo, entra na sua fase neutra, segundo Serviço Meteorológico da Austrália.

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2024, 13h10 - Publicado em 18 abr 2024, 17h33
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  • Uma área mista de campos e floresta amazônica está queimando incontrolavelmente, enquanto moradores próximos tentam conter as chamas. Só em outubro, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou 3.060 focos de incêndio no estado do Amazonas, no auge da pior seca já vivida pela floresta amazônica. Esta crise posicionou o estado como a segunda maior vítima destes incêndios intencionais, um problema relativamente novo nesta região, localizada no coração da Amazônia
    QUEIMADAS. Amazônia foi vítima do El Niño: seca intensa.  (Getty/Getty Images)

    Fenômeno natural com nome de criança, mas com força de gigante, o El Niño começou no meio do ano passado e causou grandes revoluções meteorológicas. Foi um dos cinco mais fortes eventos já registrados desde o início das medições, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial. O aquecimento das águas do Pacífico ficou dois graus acima do normal. As estações  tornaram-se mais severas e não foram poucos os desastres ambientais. No Norte do país, a seca foi muito mais intensa e, no Sul, as chuvas caíram torrencialmente. Se em um extremo, a população teve falta de água, os grandes biomas queimaram e golfinhos morreram com o assoreamento dos rios, no outro, houve inundações, mortes e soterramentos. Mas o El Niño acabou. O alerta veio do Serviço de Meteorologia da Austrália essa semana. Segundo a agência, ele entrou na fase neutra e assim deve se comportar até julho.

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    Apesar disso, os efeitos do fenômeno ainda serão observados, pois a atmosfera demora para reagir às mudanças dos Oceanos. No Brasil, o outono ainda vai ser mais quente que o normal. Desde o início de abril, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registou o resfriamento substancial da superfície do mar. Nos últimos cinco dias, a temperatura desceu a 0,5 ºC acima da média. No Pacífico equatorial, onde o fenômeno se origina, caiu de 1,5 ºC para 1,2 ºC, entre fevereiro e março.

    Enquanto o El Niño deixa de influenciar fortemente o clima, há indícios de formação de outro fenômeno, o La Niña, que consiste na diminuição da temperatura das águas em algumas áreas do Oceano Equatorial. Na costa oeste dos Estados Unidos, por exemplo, as águas já estão mais frias do que o habitual. A tendência é o resfriamento se espalhar pela região central. E se isso de fato se confirmar, o inverno brasileiro será mais rigoroso, nada semelhante ao do ano passado, quando os termômetros chegaram a 40 ºC em algumas regiões do país.

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