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O mosquito que zomba do mundo

Em 3 de fevereiro de 2016, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e da zika, era tema da capa de VEJA. Oito anos depois, a situação parece mais controlada – mas só parece -, e a saga pela vacinação contra o mosquito está só começando

Por Natália Hinoue 25 jan 2024, 14h00
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“Tristes trópicos: o zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, avança no Brasil, espalha-se pelo mundo e provoca uma onda de alarmismo.”

Assim iniciava a reportagem de capa de VEJA, que abordava os estragos que um mísero mosquito tem causado a mais de sete bilhões de pessoas. O Aedes aegypti é transmissor não só de uma, mas de três doenças potencialmente perigosas: dengue, chikungunya e zika, esta última tendo relação com casos de microcefalia.

“Um mosquito ameaça nocautear a orgulhosa civilização tecnológica do século XXI. Os autores de ficção imaginaram o mundo de joelhos diante de terroristas, de invasores do espaço, devolvido à Idade da Pedra por uma guerra nuclear total e até mesmo acossado pela progressão incontida de algum vírus misterioso…, mas submetido a um mosquito? Isso não. Isso seria enredo de filme de terror de um tempo remoto da humanidade”, dizia o texto.

Ao longo de oito páginas, o especial retratava os estragos do mosquito, os medos da sociedade que não sabia como freá-lo e as diferenças entre o Aedes aegypti e o pernilongo comum. Hoje, oito anos depois, a situação parece mais controlada – mas só parece.

Na última década, os números de casos de dengue e chikungunya aumentaram em todo o mundo e se expandiram geograficamente, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal agência de saúde dos Estados Unidos. Ambas somam mais de 8 milhões de casos, que, por conta da subnotificação, podem chegar a 100 milhões.

No Brasil, as áreas de maior risco de infecção se localizaram inicialmente na região Nordeste. Entre 2018 e 2021, data inicial do estudo atual, o foco se deslocou para o Centro-Oeste e para os litorais de São Paulo e do Rio de Janeiro, antes de recrudescer novamente no Nordeste, de 2019 a 2021.

Para reduzir a transmissão dessas doenças, a estratégia mais efetiva é o controle vetorial que se dá por monitoramento, como não deixar água acumulada nos locais e, claro, não deixar de se vacinar.

Na última semana, o Brasil recebeu cerca de 750 mil doses de vacina contra a dengue, que serão distribuídas pelo SUS. A primeira remessa será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, justamente a faixa etária que hoje concentra o maior número de casos de dengue no país, em seguida será a vez dos idosos. Ainda não há data oficial para o início da vacinação, mas a previsão é que as doses comecem a ser aplicadas já em fevereiro.

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