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Gordura insaturada pode ajudar na perda de peso em pessoas obesas

Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-9 restauram conexões cerebrais responsáveis pelo controle da fome

Por Aretha Yarak
15 set 2010, 19h37

Gorduras insaturadas restauram as conexões cerebrais da área que controla nosso consumo de energia

Gordura pode ajudar a perder peso? Dependendo do tipo, pode sim. Segundo pesquisa conduzida na Universidade de Campinas (Unicamp), os ácidos graxos insaturados ômega-3 e ômega-9, encontrados na semente de linhaça e no azeite de oliva, respectivamente, são capazes de reverter um processo que acontece no cérebro (mais especificamente no hipotálamo) e acaba desequilibrando a função de controle da fome e do gasto energético.

O raciocínio é simples. Dietas ricas em gorduras saturadas (presentes na carne bovina, no leite, no queijo e na manteiga) causam uma inflamação no hipotálamo que, quando prolongada, pode causar a morte de neurônios do local. Com a falência dessas células, o hipotálamo perde parte de suas funções. O resultado é uma redução significativa da capacidade de “percepção” do cérebro, que se confunde ao sinalizar para o organismo a estocagem ou a queima de energia.

“Isso ocorre por todo o organismo, mas quando essas gorduras encontram determinados receptores no hipotálamo, o estrago pode ser maior, pois é ali que se encontra a caixa-preta do nosso balanço energético”, diz Dennys Esper Cintra, um dos responsáveis pela pesquisa. Isso significa que, quando expostas a dietas hipercalóricas, algumas pessoas perdem gradativamente o controle da fome e passam a consumir mais calorias do que gastam, tornando-se obesas.

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Mas esses dois ácidos graxos podem reverter a situação. Durante as pesquisas, os ômegas conseguiram restabelecer as conexões neurais, reorganizando a função metabólica do organismo. Quando interrompido o tratamento, no entanto, os neurônios voltaram a morrer. O que levou os pesquisadores a uma solução simples: somente a reeducação alimentar pode garantir uma perda de peso duradoura.

Há ainda um outro papel importante na redução do peso. Segundo o estudo, o ômega-3 e o ômega-9 aumentam no tecido adiposo marrom uma proteína chamada UCP-1 (responsável pelo aumento do gasto energético). Com isso, as atividades normais de outras proteínas locais foram restauradas. Assim, os animais se tornaram mais tolerantes à glicose e também mais sensíveis às ações da insulina, antes prejudicada pela obesidade – resultando em uma queima calórica mais eficiente.

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