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Unesco: EI saqueia sítios arqueológicos em ‘escala industrial’

Os jihadistas estão vendendo relíquias e tesouros a intermediários para levantar fundos

Por Da Redação
2 jul 2015, 15h19

Os extremistas do Estado Islâmico (EI) estão saqueando sítios arqueológicos na Síria e no Iraque em “escala industrial” e vendendo seus tesouros a intermediários para levantar fundos, disse Irina Bokova, chefe da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês), nesta quinta-feira. Um quinto dos cerca de 10.000 sítios históricos iraquianos oficiais foram tomados e pilhados pelo EI, e não se sabe ao certo o que está acontecendo em “milhares” de outras áreas, alertou Irina durante uma reunião de especialistas em Londres.

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Alguns sítios da Síria foram saqueados de forma tão ostensiva que já não têm mais nenhum valor para historiadores e arqueólogos, e a Unesco também está cada vez mais preocupada com a Líbia. O autodeclarado califado do Estado Islâmico contém alguns dos mais valiosos tesouros arqueológicos do mundo em uma região onde os antigos impérios assírios construíram suas capitais, a civilização greco-romana floresceu e seitas muçulmanas e cristãs coexistiram durante séculos.

Imagens de satélite ajudaram a Unesco a detectar o saqueamento em algumas áreas e o monitoramento constante é uma de uma das séries de providências que a organização está propondo para combater os saques e a destruição de sítios arqueológicos e ruínas históricas.

Os jihadistas, cuja interpretação radical do islamismo enxerga a veneração de tumbas e vestígios não-muçulmanos como idolatria, também publicaram vídeos de si mesmos destruindo artefatos. “A destruição deliberada, que estamos vendo atualmente na Síria e no Iraque, alcançou níveis inéditos na história contemporânea”, declarou Irina ao Instituto Real de Serviços Unidos (Rusi, na sigla em inglês) em Londres. “Esta destruição deliberada não só continua, mas está acontecendo de forma sistemática. A pilhagem de sítios arqueológicos e museus, particularmente no Iraque, chegou a uma escala industrial de destruição”.

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Palmira – O EI destruiu a estátua de um leão, do século I a.C e que estava situada na entrada do Museu de Palmira, no centro da Síria, disse o diretor-geral das Antiguidades e Museus sírios, Maamún Abdelkarim. Ele afirmou que “é a estátua mais importante que o EI destruiu até o momento na Síria por suas dimensões e seu valor”. Abdelkarim explicou que a peça, que pesava 15 toneladas e media 3,5 metros de altura, foi destruída há uma semana e estava localizada no jardim do Museu de Palmira, que fica perto das ruínas greco-romanas que fizeram esta cidade do leste da província central de Homs ficar famosa. Na antiguidade, a figura do leão estava situada no templo de Al Lat.

(Com agência Reuters)

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