Seul não acredita que Norte possa construir míssil nuclear
Defesa sul-coreana expõe dúvidas sobre a capacidade de Pyongyang reduzir o tamanho das ogivas. Nos EUA, Pentágono entra em contradição sobre o tema
Por Da Redação
12 abr 2013, 04h02
A Coreia do Sul indicou nesta sexta-feira que não acredita que a vizinha do Norte tenha capacidade técnica de construir uma ogiva nuclear suficientemente pequena para ser instalada em seus mísseis balísticos. “A Coreia do Norte realizou três testes nucleares, mas existem dúvidas se ela está na etapa em que pode reduzir o peso e diminuir (os dispositivos atômicos)”, declarou o porta-voz do ministério de Defesa, Kim Min-Seok.
Apesar de o regime norte-coreano garantir que possui esse tipo de armamento (e ameaçar jogá-lo sobre seus inimigos), a maioria dos analistas acredita que Pyongyang carece dos avanços técnicos necessários para reduzir o tamanho das ogivas a ponto de torná-las funcionais em um projétil.
Divergência nos EUA – O debate sobre as reais possibilidades de Kim Jong-un produzir um míssil nuclear ganhou mais força nesta quinta-feira quando o congressista republicano Doug Lamborn tornou pública uma avaliação da Agência de Inteligência da Defesa (DIA, sigla em inglês), órgão ligado ao Pentágono, que admite pela primeira vez a hipótese da Coreia do Norte ter aprendido a construir ogivas atômicas pequenas o bastante para serem armadas em um míssil.
A divulgação da análise provocou uma resposta imediata do Pentágono. O porta-voz do departamento se apressou em afirmar que “seria impreciso sugerir que o regime norte-coreano demonstrou o tipo de capacidade nuclear citada no trecho”. Quem também minimizou a avaliação foi o diretor de inteligência nacional, James Clapper. “A Coreia do Norte ainda não demonstrou toda a capacidade necessária para um míssil nuclear armado”, frisou Clapper, destacando que a observação contida no relatório corresponde apenas à visão da DIA, e não das outras dezesseis agências de inteligência do país.
Pressões diplomáticas – Em um encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na Casa Branca, o presidente dos EUA Barack Obama voltou a pedir que a Coreia do Norte diminua o tom agressivo de sua retórica. “Ninguém quer ver um conflito na península”, afirmou. Obama defendeu uma saída diplomática para a crise, mas reafirmou o compromisso com a segurança de seus aliados na Ásia. “Os EUA tomarão todas as medidas necessárias para proteger seu povo e cumprir suas obrigações com as alianças na região.”
Mais cedo, ministros das Relações Exteriores do G8 condenaram “nos mais fortes termos possíveis” a Coreia do Norte pelo desenvolvimento de tecnologia de armas nucleares e mísseis balísticos, de acordo com um comunicado divulgado em encontro do grupo, em Londres. Também nesta quinta-feira, o ministro da Unificação da Coreia do Sul, Ryoo Kihl-jae, fez um pedido de diálogo ao Norte a fim de retomar as operações do complexo industrial conjunto de Kaesong, fechado há três dias por decisão de Pyongyang.
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