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Ameaça do Norte reaviva ambição nuclear sul-coreana

Algumas vozes políticas sul-coreanas defendem que o país desenvolva sua própria bomba atômica. Mas Washington teme corrida armamentista na região

Por Cecília Araújo
11 abr 2013, 10h26

Depois de a Coreia do Norte realizar o terceiro teste nuclear de sua história, em fevereiro deste ano, e anunciar guerra contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos, algumas vozes políticas em Seul começaram a defender que o país desenvolva seu próprio programa nuclear. Numa conferência sobre o tema, em Washington, Chung Mong-joon, filho do fundador do grupo industrial Hyundai e membro do Parlamento sul-coreano, afirmou ter chegado a hora de seu país se retirar do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TPN) e entrar no jogo do vizinho do Norte. “A única coisa que pôde manter a Guerra Fria foi a dissuasão mútua proporcionada pelas armas nucleares”, disse. Embora a nova presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, não tenha endossado qualquer esforço nesse sentido, especialistas veem na reação agressiva dos Estados Unidos às mais recentes ameaças norte-coreanas e no aumento dos seus exercícios militares com aviões e navios equipados com mísseis na península asiática, uma tentativa de convencer Seul de que esse passo não é necessário.

Os Estados Unidos possuem hoje uma aliança de segurança com Coreia do Sul e Japão, e a condição para a existência dessa parceria é que os aliados não desenvolvam suas próprias armas nucleares. Em contrapartida, garantem atuar como um “guarda-chuva nuclear” diante de qualquer fatalidade. O sul-coreano Sokeel Park, analista político e integrante da organização Link, que defende a liberdade de expressão na Coreia do Norte, destaca que neste momento não há uma preocupação real de que haja uma guerra – convencional ou nuclear -, nem por parte do governo, nem por parte da população da Coreia do Sul. “Não nos sentimos realmente ameaçados por Pyongyang, embora alguns sul-coreanos acreditem que o país precisa começar a desenvolver seu próprio arsenal nuclear”, diz. Para essas pessoas, o fato de a Coreia do Norte se declarar um estado nuclear faz com que o equilíbrio militar na península tenha mudado a favor de Pyongyang.

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Para Chung, no entanto, o Sul não pode depender apenas dos Estados Unidos para se defender. “A lição da Guerra Fria é que contra armas nucleares, apenas armas nucleares podem manter a paz”, disse, segundo o jornal The New York Times.

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