Mensagens interceptadas indicam que Irã planeja retaliar ataque à Síria
Há ordem para ataques contra a embaixada americana no Iraque, afirma reportagem do 'Wall Street Journal', citando fontes do governo americano
Por Da Redação
6 set 2013, 22h27
Os Estados Unidos interceptaram uma ordem do Irã a militantes no Iraque para que ataquem a embaixada americana e outros locais de interesse dos EUA em Bagdá no caso de uma ofensiva contra a Síria. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal, que citou fontes do governo – sem identificá-las. Autoridades militares tentam prever o alcance de possíveis respostas da Síria, do Irã e de outros aliados a uma intervenção. Os oficiais estão em alerta para a possibilidade de o Irã enviar embarcações para o Golfo Pérsico, onde navios de guerra americanos estão posicionados, e temem também que o Hezbollah ataque a embaixada dos EUA em Beirute, no Líbano, afirma a reportagem.
A administração Barack Obama planeja dar uma resposta ao regime de Bashar Assad, que responsabiliza pelo ataque químico que deixou mais de 1 400 mortos no dia 21 de agosto, no subúrbio de Damasco. Mas o presidente resolveu consultar o Congresso antes de ordenar um ataque, anunciado como “limitado” e sem o deslocamento de tropas. A votação da proposta de intervenção deve ocorrer na próxima quarta-feira.
A demora em atacar a Síria, ressalta o WSJ, aumentaria as chances para uma retaliação coordenada pelos grupos aliados ao governo Assad, incluindo milícias xiitas no Iraque. Na quinta-feira, o Departamento de Estado divulgou um novo alerta sobre viagens não essenciais ao Iraque, mencionando atividades terroristas “em níveis que não eram vistos desde 2008”.
Também na quinta, o aiatolá Ali Khamenei disse que os Estados Unidos “estão cometendo um erro e uma loucura em relação à Síria e vão, consequentemente, levar o golpe e definitivamente sofrer”.
Nesta sexta, autoridades iranianas negaram que o país esteja planejando ataques contra os EUA no Iraque. Acrescentaram que as alegações têm o objetivo de persuadir os congressistas a autorizar a intervenção.
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Pronunciamento – Antes da votação no Congresso, Obama tentará conseguir o apoio do povo americano à ação militar. O presidente programou um pronunciamento na Casa Branca, na próxima terça, sobre a crise síria. No Congresso, ainda há muitos parlamentares indecisos sobre autorizar ou não a ofensiva e pesquisas apontam que a maioria dos americanos são contra a ação na Síria.
“Eu entendo o ceticismo. Por isso eu acho muito importante para nós trabalharmos sistematicamente com cada senador e cada membro do Congresso. É isso o que estamos fazendo”, disse Obama a jornalistas em São Petersburgo, na Rússia, onde foi realizada a cúpula do G20. A Casa Branca divulgou um documento afirmando que 11 países do grupo apoiam “uma resposta internacional firme” à crise síria, apesar do desacordo sobre uma ação ser tomada de forma unilateral, sem o aval da ONU.
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A embaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power, disse nesta sexta que a diplomacia não é mais suficiente para impedir que o regime Assad use armamentos químicos. “Nós esgotamos todas as alternativas” a uma ação militar, afirmou.
Enquanto a administração Obama faz seu trabalho de convencimento para conseguir apoio para a intervenção, a Casa Branca solicitou ao Pentágono que amplie a lista de alvos em potencial na Síria, incluindo aqueles que possam ser atingidos com mísseis de longo alcance, informou a rede NBC News.
(Com agência Reuters)
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