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Anistia pede que Egito liberte os jornalistas presos

Quatro jornalistas ocidentais estão detidos por reportarem "falsas notícias"

Por Da Redação
30 jan 2014, 08h20

A Anistia Internacional (AI) pediu ao Egito nesta quinta-feira a “libertação imediata e incondicional” de quatro jornalistas da rede catariana Al Jazeera. Um australiano, dois britânicos e uma holandesa são acusados de ajudarem dezesseis egípcios pertencentes a uma “organização terrorista” e de divulgarem “falsas notícias” para servir aos interesses da Irmandade Muçulmana.

A AI considera que os jornalistas “foram detidos unicamente pelo exercício pacífico de seu direito à liberdade de expressão”, segundo um comunicado de imprensa divulgado por sua filial na Austrália. Nesta quarta-feira, a Procuradoria Geral do Egito ordenou que um tribunal penal julgue vinte jornalistas, entre eles os profissionais da Al Jazeera, indiciados pela divulgação de “notícias falsas” sobre o país e por incitação contra o povo egípcio, entre outras acusações.

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“A decisão ontem [quarta-feira] do procurador-geral Hisham Barakat de ordenar que vários jornalistas sejam julgados por acusações relacionadas com supostas atividades terroristas representa um duro golpe contra a liberdade de imprensa”, disse o secretário-geral da AI, Salil Shetty no comunicado. Shetty expressou seu medo de que as acusações contra os jornalistas sejam uma tentativa de coibir a liberdade de imprensa em um período em que o país se aproxima das eleições presidenciais – que devem ocorrer até o final de abril.

O australiano Peter Greste foi detido no dia 29 de dezembro, junto com o egípcio de cidadania canadense Mohammed Fahmy e o egípcio Baher Mohammed, por supostamente divulgar, sob as ordens da Al Jazeera, notícias falsas sobre o Egito para apresentá-lo como um país em guerra civil, servindo aos interesses da Irmandade Muçulmana. A família do jornalista australiano, de 48 anos, disse que as últimas quatro semanas foram as “mais difíceis de suas vidas” e temem que Greste fique detido injustamente por anos. A AI alertou que se forem declarados culpados pelas autoridades egípcias, os jornalistas podem enfrentar penas que podem variar de três anos até a prisão perpétua.

“Nossa liberdade e mais importante a liberdade de imprensa aqui [no Egito] não será concretizada sem a pressão forte e sustentada dos grupos de defesa dos direitos humanos e da sociedade civil, dos indivíduos e dos governos”, escreveu Peter Greste em uma carta divulgada no domingo. O governo da Austrália expressou sua preocupação pela situação de Greste ao Executivo egípcio e afirmou que fornecerá assistência consular ao jornalista e sua família, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores australiano à emissora de TV ABC.

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(Com agência EFE)

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