Atentado na capital da Nigéria deixa ao menos 12 mortos
Segundo testemunhas, o número de mortos pode ser superior ao divulgado pela polícia
Pelo menos doze pessoas morreram e outras dezenove ficaram feridas em um atentado com um carro-bomba ocorrido nesta quinta-feira nos arredores de Abuja, a capital da Nigéria, informou nesta sexta-feira a polícia local. O atentado ocorreu por volta das 20h45 do horário local (16h45 de Brasília) no subúrbio de Nyanya, quando um carro explodiu a poucos metros da estação de ônibus onde, no dia último dia 14, a milícia radical islâmica Boko Haram cometeu outro ataque similar que causou pelo menos 75 mortes e 216 feridos.
Apesar do número de doze mortos divulgado pela polícia através do Twitter, o jornal local The Punch informou que, segundo algumas testemunhas, o número de vítimas fatais pode ser superior a 30. Essas mesmas fontes afirmaram que viram dezenas de corpos serem retirados do local do incidente, enquanto os feridos foram levados em ambulâncias para diferentes hospitais da capital.
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Segundo a polícia, pelo menos seis veículos ficaram destruídos após a explosão, incluindo o carro onde estavam os explosivos. Apesar de nenhum grupo ainda ter assumido a autoria do ataque, as autoridades suspeitam que os fundamentalistas de Boko Haram estejam por trás do ataque. Esse mesmo grupo, que assumiu a autoria do atentado na estação de ônibus de Abuja, ainda mantém sob seu poder mais de 200 meninas, de acordo com seus pais, que foram sequestradas no último dia 14 em uma escola local de ensino médio em Chibok, no noroeste do país.
Apesar de o governo da Nigéria manter, desde o ano passado, uma ofensiva antiterrorista nos estados de Yobe, Borno e Adamawa, no nordeste do país, os ataques fundamentalistas não cessam no país africano. Desde que a polícia matou em 2009 com o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma campanha de terror que já causou mais de 3.000 mortes.
Com uns 170 milhões de habitantes que fazem parte de mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre com múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, socioeconômicas, religiosas e territoriais.
(Com agência EFE)