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Atentado mata ao menos 71 pessoas na Nigéria

Ataque a bomba em estação de ônibus a 8 Km da capital Abuja aconteceu em horário de grande movimento. Há também mais 120 feridos

Por Da Redação
14 abr 2014, 11h47

A explosão de uma bomba em horário de intenso movimento matou ao menos 71 pessoas e feriu outras 124 em uma estação de ônibus próxima à capital da Nigéria nesta segunda-feira, despertando preocupações sobre a disseminação da insurgência islâmica. As suspeitas recaem sobre o Boko Haram, mas ninguém do grupo islamita reivindicou a responsabilidade pelo atentado em Abuja. Cinco horas após a explosão, um porta-voz da polícia local confirmou o número de vítimas. O número de mortos pode aumentar devido ao estado grave de alguns feridos, advertiu o porta-voz da polícia nigeriana, Frank Mba, em entrevista coletiva concedida no local da explosão.

O presidente do país, Goodluck Jonathan, mesmo sem a confirmação oficial da investigação, insinuou que o ataque pode ter sido perpetrado pelo Boko Haram. Ao visitar o local da explosão, Jonathan disse que a ameaça do Boko Haram é um problema temporário que o país vai superar. O presidente, no entanto, não acusou diretamente os fundamentalistas como autores do atentado. O chefe de Estado pediu que os nigerianos sejam “conscientes do perigo que representa o grupo radical”, que até agora foi muito ativo no Norte e Nordeste do país, onde a maior parte da população é muçulmana. Nenhuma organização reivindicou a responsabilidade do ataque até o momento.

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Especialistas em segurança suspeitam que a explosão tenha partido de dentro de um veículo, de acordo com Charles Otegbade, diretor das operações de busca e resgate da Força Aérea. “Eu esperava para entrar em um ônibus quando ouvi uma explosão ensurdecedora, então vi fumaça”, disse Mimi Daniels, que escapou do atentado próximo à ponte Nyanyan, 8 quilômetros ao sul de Abuja, capital do país, com ferimentos leves no braço. “As pessoas corriam ao redor em pânico.” O ataque destacou a vulnerabilidade da capital nigeriana, construída nos anos 1980 no centro geográfico do país para substituir Lagos como sede do governo da maior economia e principal exportador de petróleo da África.

Forças de segurança tentavam manter uma multidão de curiosos afastada e equipes dos bombeiros usaram mangueiras para apagar as chamas em ônibus ainda repletos de corpos de passageiros carbonizados. “Esses são os restos de um amigo meu”, disse um homem, que se identificou como John, com uma camisa ensanguentada nas mãos. “A passagem com o nome dele estava no bolso da camisa”. Os feridos foram evacuados da estação, onde trabalhadores dos arredores da capital tomam ônibus para ir ao centro da cidade. Els foram transferidos para vários hospitais da capital nigeriana. A imprensa local chegou a falar em 200 mortos, segundo relatos de testemunhas.

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Militantes do Boko Haram que lutam para estabelecer um Estado islâmico foram em grande parte isolados na remota região Nordeste do país, ainda com muita mata virgem. Eles estiveram particularmente ativos nos últimos meses e têm cada vez mais alvejado civis, que acusam de colaborar com o governo ou as forças de segurança. Ao menos 60 pessoas foram mortas por militantes islâmicos em um ataque contra uma vila no Nordeste da Nigéria no final da semana passada. Outras oito pessoas foram mortas em um ataque separado a uma escola.

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(Com agências Reuters e EFE)

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