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Portela e Tijuca se destacam na segunda noite de desfiles

Beija-Flor também emocionou, mas contou com patrocínio controverso. São Clemente sofreu com dificuldades financeiras. Campeã sai nesta quarta-feira

Por Amábile Reis
17 fev 2015, 05h55

Se na noite de domingo o Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi castigado com uma chuva forte, nesta segunda-feira São Pedro foi mais caridoso. Em um céu aberto, a águia e o beija-flor voaram para acompanhar o suíço cão São Bernardo. A Portela comemorou, junto com os fluminenses, o aniversário de 450 do Rio de Janeiro e fez com que os cariocas caíssem no samba. A Beija-Flor de Nilópolis preferiu consagrar a Guiné Equatorial, provocando muita controvérsia na avenida. A atual campeã Unidos da Tijuca sonhou com a Suíça e trouxe neve ao Brasil. Além disso, a passarela do samba arranjou espaço para consagrar os carnavalescos, debochar da vaidade e mandar uma banana para o preconceito.

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Depois de quatro paraquedistas caírem como estrelas cadentes na Sapucaí, o relógio surreal de Salvador Dalí despertou. A Portela provou ser carioca da gema e celebrou o aniversário da cidade maravilhosa de maneira inesquecível em detalhes e riqueza. Com vontade de quebrar o jejum de quase três décadas sem título, o time azul e branco destacou-se como um dos favoritos ao pódio. Agora, quem quer manter o posto de campeã é a Tijuca. A escola, através do olhar do suíço Clóvis Bornay, tinha a missão de encerrar os desfiles do Rio. Mesmo sem contar com a presença do carnavalesco Paulo Barros, o show foi emocionante. Para o espetáculo, até mesmo trouxeram neve e pista de patinação de gelo ao Brasil.

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A Beija-Flor, doze vezes campeã, apelou para um patrocínio inusitado. A escola de Nilópolis, graças a um incentivo de 10 milhões de reais de uma das ditaduras mais cruéis da África, segundo o jornal O Globo, apresentou a Guiné Equatorial. Depois de abocanhar a fortuna, ela causou frisson nas arquibancadas e carregava uma riqueza incrível nos detalhes, ressaltando o velho ditado: “O que os olhos não veem, o coração não sente”. De forma mais honesta, a Imperatriz também exaltou a negritude na Sapucaí e tentou encerrar o período de catorze anos sem a medalha de ouro. Inspirando-se no incidente que envolveu o jogador Daniel Alves com torcedores espanhóis, a agremiação deu uma banana ao preconceito, indo contra a corrente do racismo e prestigiando Nelson Mandela.

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Assim como a verde e branca, a União da Ilha quis exterminar os prejulgamentos de beleza impostos na sociedade. Em um desfile leve e divertido, a escola satirizou a vaidade e discutiu o bullying, com caricaturas da vida. Entretanto enfrentou muitos problemas técnicos: destaques não conseguiram subir no carro alegórico e foliões passaram mal com as fantasias pesadas. Por outro lado, a São Clemente sofreu com dificuldades financeiras. Sem patrocínio e endividada, a agremiação desfilou para lutar contra o rebaixamento. Para tanto, contratou Rosa Magalhães para homenagear Fernando Pamplona, o “pai de todos” os carnavalescos. Apesar de conquistar certa maturidade, ficou muito aquém da qualidade das concorrentes. A vencedora será anunciada na quarta-feira.

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