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Em noite de chuva, Mocidade e Salgueiro são as favoritas

Problema com o clima marcou a primeira noite de desfiles no Rio. Viradouro e Mangueira foram as grandes prejudicadas; Mocidade e Salgueiro brilharam

Por Amábile Reis
16 fev 2015, 06h14

Mal haviam aberto os portões do Sambódromo Marquês de Sapucaí, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a cidade estava em estágio de atenção devido às chuvas que assolavam os fluminenses. Na passarela, o drama foi sentido pelas agremiações e atrasou o início do espetáculo deste domingo, além de prejudicar alguns carros alegóricos. Mas, apesar das adversidades, os cariocas não se abalaram e provaram, mais uma vez, serem os melhores carnavalescos do país. Em um show de cores na avenida, a África, as mulheres, as previsões apocalípticas, a ópera, a culinária e o baralho foram homenageados. A Mocidade Independente Padre Miguel e Acadêmicos do Salgueiro se destacaram; Viradouro e Mangueira foram prejudicadas.

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Comissão de frente da Mocidade ‘pega fogo’

A fim de encerrar o jejum de 18 anos sem títulos, a Mocidade contratou Paulo Barros para criar visões apocalípticas na Sapucaí. Com a pergunta “O que você faria se só te restasse um dia?”, a agremiação verde e branca investiu em qualidade criativa e investimento tecnológico. Para tanto, o casal de mestre sala e porta bandeira pegou fogo na pista, literal e figurativamente. Em resposta, os 70.000 espectadores da arquibancada torceram pelo rumo ao pódio. Quem também atuou como favorita da noite foi o Salgueiro. A escola da Tijuca apresentou uma viagem alucinógena por Minas Gerais e um desfile de dar água na boca. Na mistura da culinária com a história mineira, o show tentou tirar o gosto amargo pela perda do título de 2014 por apenas um décimo.

Se para alguns o primeiro dia de espetáculo foi marcado por glórias, para outros, o clima não era tão animado. A chuva forte, que não “abençoava” os desfiles desde 2004, transtornou a Viradouro em sua volta ao Grupo Especial. A escola, que homenageou os negros, sofreu muito com falhas de som e a queda do braço da escultura de um dos carros alegóricos. Inspirando-se em um enredo lírico, a Mangueira mostrou um carnaval em homenagem às mulheres. O time verde e rosa sofreu problemas com o telão de um dos veículos, que não conseguiu permanecer ligado durante todo o tempo. Além disso, na dispersão, o último carro avançou mais do que os outros e quase atropelou pessoas. Mesmo assim, merece méritos pela maquiagem, em especial o fato de ter transformado uma mulher de 32 anos em uma idosa de 104.

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Na tentativa de arrematar um perdão dos jurados, a Vila Isabel apresentou um desfile técnico, mas com pouca emoção. Em um desafio de misturar o erudito com o samba, a escola homenageou o maestro Isaac Karabtchevsky com a missão de se reparar pelos erros do passado. Para quem não lembra, a agremiação desfilou, em 2014, com carros inacabados e alas inteiras sem fantasia. Sem patrocínio neste ano, a Grande Rio jogou a sorte às cartas na Sapucaí. O mérito do grupo de Duque de Caxias fica para o carnavalesco Fábio Ricardo que, de forma sábia, transformou objetos baratos em lindas alegorias. Encerrando a noite com excelência, a bateria explodiu ouro na avenida e emocionou os espectadores. Infelizmente, como a sina dos últimos a se apresentarem, as arquibancadas estavam praticamente vazias durante o show.

(Com reportagem de Luís Lima)

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