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Rio: tráfico mata PM e faz zombaria em favela ‘pacificada’

Bandidos comemoram e se exibem com armas no Facebook após matarem sargento com tiro no peito no Morro do Zinco, no Estácio, bairro com UPP há quatro anos

Por Leslie Leitão
25 jun 2015, 19h55

Os confrontos diários nas favelas classificadas pelo governo fluminense como pacificadas não param, e os criminosos, a cada dia, parecem se sentir mais à vontade. Na manhã desta quinta-feira, o sargento Tarsis Doria Noia, de 40 anos, lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do São Carlos, foi emboscado e baleado no peito quando chegava a uma padaria para tomar café da manhã, no Morro do Zinco, que integra o complexo de favelas do Estácio, no centro da cidade. Levado para o Hospital Central da Polícia Militar, ele não resistiu. Sua morte gerou uma enxurrada de comentários e até comemorações de bandidos nas redes sociais.

Na página Morro do São Carlos Tudo A, no Facebook, o recado desafiador foi direto: “UPP não ronca aqui não. Vem FDP (sic). Agora vai morrer mais um. Nossa tropa tá na pista, a gente tá cheio de ódio”. Somente neste mês de junho, este foi o quarto policial atingido por tiros em ataques de traficantes da região. Nesta quarta, durante intenso tiroteio no vizinho Morro da Mineira, o soldado Luiz Felipe Marçano foi ferido no braço e outros dois moradores atingidos por balas perdidas. Um outro internauta, se identificado como Dayvidson Mauricio, postou a foto do policial morto, xingou e desafiou a polícia: “Não tenho nenhum medo de polícia. Qualquer coisa rastreia meu facebook e vem atrás de mim. Vem, neném. A bala come firme”.

Na página usada pelos traficantes, eles posam para fotos andando tranquilamente pelo Complexo de São Carlos com pistolas, granadas, metralhadoras. Numa das legendas, um criminoso, de costas, levanta a mão com o sinal do L (símbolo da facção Amigos dos Amigos) e ironiza: “Paz no visual”. Em outra imagem, um traficante esconde o rosto com o boné e exibe seu armamento. Há imagens mostrando ainda carregamento de maconha ainda prensada e pacotes de dinheiro obtido com a venda de drogas.

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O sargento Noia foi o sexto policial assassinado dentro de uma UPP somente este ano e o 22º desde que o projeto foi implantado, em dezembro de 2008. No total, 203 policiais foram baleados nas áreas consideradas pacificadas pela secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro – 62 dos casos ocorreram em 2015.

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