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João Dias: ‘Vou concorrer a prêmio de cinema’

O policial que derrubou o ministro Orlando Silva e agora se volta para o governo de Brasília promete divulgar imagens que provam corrupção em gestão petista

Por Gabriel Castro
9 dez 2011, 21h40

Delator do esquema de corrupção no governo do Distrito Federal, o policial militar João Dias afirmou nesta sexta-feira ter vídeos que comprovam suas acusações. Sem dar detalhes sobre quais imagens possui, o soldado foi irônico: “Vou disputar o próximo prêmio de cinema de Brasília”. Na primeira entrevista coletiva desde que deixou a cadeia, ele confirmou todas as afirmações que fez em depoimento à Polícia Militar, divulgado com exclusividade pelo site de VEJA.

A divulgação das imagens, de acordo com Dias, depende de um acerto com o chefe da equipe de advogados que o assessora – seu representante jurídico retorna ao Brasil na próxima segunda-feira. A partir daí, de acordo com o policial, será possível comprovar parte das revelações, que incluem tentativa de suborno e cobrança de propina.

Dias reafirmou as três principais denúncias que fez no depoimento à Polícia Militar: que integrantes do governo tentaram comprá-lo com 200 000 reais, que o secretário de Governo de Brasília, Paulo Tadeu, recebeu propina e que o chefe da Casa Militar local comandou uma operação para cooptar uma testemunha contra o governador Agnelo Queiroz. O homem-bomba do governo petista diz manter em casa cerca de 30 câmeras de vídeo, o que permitiria provar grande parte das acusações.

Ele deu detalhes do dinheiro que teria recebido no domingo de emissários de Paulo Tadeu e afirmou que funcionaria como uma espécie de “cala-boca”: eram maços de origem diversas, com notas de 2 a 50 reais. Dias, que nunca atacou diretamente o governador, também não pôs a mão no fogo por Agnelo. “Não vou falar que ele sabe ou não sabe, mas o que é estranho é a coisa ser feita com tanta naturalidade”, declarou.

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Uma das poucas novidades trazidas por João Dias diz respeito ao Sobradinho, um clube de futebol comandado pelo irmão de Paulo Tadeu. O policial insinuou que o clube é usado para lavagem de dinheiro. Sobre a relação com o homem forte de Agnelo, Dias desmentiu as afirmações do secretário, que diz não ter relacionamento pessoal com o delator: “Eu já banquei campanha para ele”, garantiu. “Não saía do comitê dele em 2010”. Paulo Tadeu rebateu nesta quinta-feira todas as acusações feitas pelo policial em seu depoimento.

Cooptação – João Dias foi preso na quarta-feira, depois de causar tumulto dentro do palácio do governo distrital. Com uma mala repleta de dinheiro, ele disse que pretendia devolver os 200 000 reais que haviam sido deixados em sua casa por emissários de Paulo Tadeu. O montante seria uma tentativa de cooptação do delator.

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