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João Dias é preso em Brasília

Delator do esquema de corrupção no Ministério do Esporte invadiu sede do governo do Distrito Federal

Por Luciana Marques
7 dez 2011, 16h27

O policial militar João Dias, delator do esquema de corrupção no Ministério do Esporte, foi preso nesta quarta-feira em Brasília por invadir o Palácio do Buriti, sede do governo do Distrito Federal. O governador de Brasília e ex-ministro do Esporte, Agnelo Queiroz (PT), teve o nome envolvido no esquema de corrupção no ministério.

Um dos advogados do policial, Rafael Leite de Macedo, disse ao site de VEJA que não sabia da prisão. Ele acrescentou que não atua na área criminal e que, por isso, não deve trabalhar na defesa do policial neste caso.

João Dias teria tentado entrar no gabinete do secretário de Governo Paulo Tadeu (PT) e jogado dinheiro sobre a mesa. Em nota, a secretaria informou que o policial agrediu duas servidoras e teve que ser contido por seguranças.

Caso – Em outubro, João Dias contou a VEJA que as organizações não-governamentais (ONGs) contratadas pelo Ministério do Esporte para o Programa Segundo Tempo só recebiam os recursos mediante o pagamento de uma taxa previamente negociada que podia chegar a 20% do valor dos convênios.

O PCdoB, segundo ele, indicava desde os fornecedores até pessoas encarregadas de arrumar notas fiscais frias para justificar despesas fictícias. Na entrevista, o policial afirmou que, na gestão de Agnelo Queiroz no ministério, o Segundo Tempo já funcionava como fonte do caixa dois do partido – e que o gerente do esquema era o ex-ministro Orlando Silva, então secretário executivo da pasta. Por nota, a assessoria do governador Agnelo disse que as relações entre ele e João Dias se limitaram à convivência partidária, que nem sequer existe mais.

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O militar contou ainda que Orlando Silva chegou a receber, pessoalmente, dentro da garagem do Ministério do Esporte, remessas de dinheiro vivo provenientes da quadrilha: “Por um dos operadores do esquema, eu soube na ocasião que o ministro recebia o dinheiro na garagem”. O comunista, que deixou o governo em outubro, negou as acusações.

Leia a íntegra da nota da Secretaria de Governo do Distrito Federal:

A equipe de segurança do Palácio do Buriti teve que retirar do prédio, na tarde de hoje, o policial militar João Dias após ele agredir duas servidoras da Secretaria de Estado de Governo.

João Dias teve que ser contido pelos seguranças, já que apresentava comportamento agressivo, e foi encaminhado à Polícia Civil, que tomará as medidas legais pertinentes ao caso.

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Quanto ao secretário de Governo, Paulo Tadeu, ele não se encontrava no Palácio durante o episódio. O secretário e outras autoridades do GDF participavam de reunião com os governadores do Centro-Oeste na Residência Oficial de Águas Claras.

A segurança do Palácio do Buriti abriu procedimento para apurar como se deu o acesso de João Dias ao prédio.

O Governo do Distrito Federal também vai apurar com que objetivos escusos o policial apareceu nesta tarde, de forma despropositada, no Palácio do Buriti.

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