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‘Ordem para invasão foi do coronel Ubiratan’, diz desembargador

Testemunha da defesa, Fernando Garcia disse que presos não queriam negociar e que invasão veio após notícia de mortes entre os detentos

Por Da Redação
16 abr 2013, 14h48

Uma das testemunhas de defesa que prestou depoimento nesta terça-feira, segundo dia de julgamento do caso Carandiru, o desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, juiz da Corregedoria na época do massacre, afirmou que a ordem para invadir o pavilhão nove da casa de detenção partiu do coronel da PM Ubiratan Guimarães. Garcia, Ubiratan e o então juiz-corregedor do presídio do Carandiru, Ivo de Almeida, se reuniram no dia do episódio para avaliar a situação da rebelião no presídio. A invasão policial resultou na morte de 111 presos.

Ubiratan Guimarães chegou a ser condenado a 632 anos de prisão por comandar a ação no Carandiru, mas, em fevereiro de 2006, o Tribunal de Justiça de São Paulo reinterpretou a decisão do 2º Tribunal do Júri e decidiu absolver o coronel. Ubiratan foi morto em setembro de 2006 com um tiro na barriga, em seu apartamento nos Jardins, na capital paulista.

“Havia necessidade de a polícia dominar a situação no Carandiru, pois tínhamos informações de mortes entre os detentos”, disse Garcia sobre a decisão da PM de invadir o local. Ainda segundo o desembargador, os presos atiravam objetos contra os policiais e não estavam dispostos a negociar.

Primeira testemunha da defesa a depor, o também desembargador Ivo de Almeida contestou a informação de que a polícia entrou atirando no pavilhão. “Em momento algum eu vi policiais matando e comemorando”, afirmou. “Se o seu Moacir viu isso eu não sei, mas do meu lado ele não poderia estar, porque eu não vi isso”. A estratégia da advogada de defesa Ieda Ribeiro de Souza é desconstruir o depoimento do agente penitenciário Moacir dos Santos e de ex-detentos, testemunhas da acusação. A advogada questionou se os PMs comemoravam os tiros que davam nas celas, como Santos havia afirmado, e se havia policiais atirando na entrada do presídio. Almeida negou as duas informações.

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Nesta terça, pelo menos cinco testemunhas de defesa deverão ser ouvidas, entre elas o ex-governador de São Paulo, Luiz Antônio Fleury Filho.

(Com Estadão Conteúdo)

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