BA: negociações com a PM ainda longe de acordo

Nove adultos e sete crianças deixaram o prédio da Assembleia Legislativa, ocupado desde segunda-feira, segundo o Exército

Por Cida Alves, de Salvador
7 fev 2012, 10h49

Greve de policiais militares na Bahia (VEJA.com/VEJA)

**1/31** Policiais realizam a desocupação da Assembleia, a greve da PM não acabou e o grupo voltará a se reunir para discutir a mobilização *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**2/31** O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), Marco Prisco, foi preso em Salvador, Bahia *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**3/31** O presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra), Marco Prisco, foi preso nesta quinta-feira (9) *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**4/31** O líder da greve do Policiais Militares da Bahia, Marcos Prisco (camisa listrada), ao se render, na rampa da Assembleia Legislativa *(Moacyr Lopes Junior/Folhapress/VEJA)*

**5/31** Apesar da desocupação da Assembleia, a greve da PM não acabou e o grupo voltará a se reunir para discutir a mobilização *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**6/31** Policiais Federais conferem foto dos PMs que abandonam o predio da Assembleia Legislativa após 10 dias de ocupação *(Moacyr Lopes Junior/Folhapress/VEJA)*

**7/31** Policiais realizam a desocupação da Assembleia Legislativa em Salavador, Bahia *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**8/31** O ex-policial Marco Prisco, líder da greve da PM baiana, foi preso na manhã desta quinta-feira após deixar a Assembleia Legislativa do Estado *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**9/31** O ex-policial Marco Prisco, líder da greve da PM baiana, foi preso na manhã desta quinta-feira *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**10/31** Homem pede paz.Sem acordo entre as partes o clima começa a ficar tenso, nesta quarta-feira 08/02 *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**11/31** Soldado do exército patrulha as ruas do centro histórico de Salvador, na Bahia *(Juarez Matias/Frame/Folhapress/VEJA)*

**12/31** Aumenta o cerco na porta da Assembleia Legislativa da Bahia, onde policias militares estão em greve há nove dias *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**13/31** Exército faz o policiamento nas ruas do centro histórico de Salvador, na Bahia *(Juarez Matias/Frame/Folhapress/VEJA)*

**14/31** Integrantes da Associapol - Associação de Policiais Civis e Militares de SP realizam um ato em apoio aos Policiais em greve do estado da Bahia *(Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA)*

**15/31** Soldados do Exército observam manifetação de policiais militares em greve que desde a semana passada ocupam a Assembleia Legislativa do estado *(Marcello Casal Jr./Agência Brasil/VEJA)*

**17/31** General Gonçalves Dias, que está à frente da operação na greve da PM, recebeu um bolo dos manifestantes em comemoração ao seu aniversário hoje *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/Folhapress/VEJA)*

**18/31** Soldado do Exército faz patrulha em bairro, após greve da Polícia Militar, em Salvador *(Moacyr Lopes Junior/Folhapress/VEJA)*

**19/31** A Polícia Militar baiana entra nesta terça-feira no seu oitavo dia de paralisação, e os soldados do Exército patrulham o bairro de Periperi *(Moacyr Lopes Junior/Folhapress/VEJA)*

**20/31** Soldados do Exército patrulham o bairro de Periperi, na periferia de Salvador, após assaltos e boatos de arrastões *(Moacyr Lopes Junior/Folhapress/VEJA)*

**21/31** Grupamento especial da Policia Militar chegando ao local da greve *(Fernando Amorim/Ag. A Tarde/VEJA)*

**22/31** A tropa de choque da Polícia Militar se juntou, na manhã desta segunda-feira, aos homens do Exército, das Forças Armadas e da Polícia Civil no cerco a Assembleia Legislativa da Bahia *(Fernando Amorim/Ag. A Tarde/VEJA)*

**23/31** Blindado do exército próxima à Assembleia Legislativa da Bahia, onde estão os grevistas *(Fernando Amorim/Ag. A Tarde/VEJA)*

**24/31** Homens do Exército, Força Nacional, Polícia Federal e das Companhias Independentes de Policiamento Especializado da Polícia Militar cercaram a Assembleia Legislativa da Bahia na manhã desta segunda-feira *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/VEJA)*

**25/31** Blindado do exército reforça o patrulhamento de Salvador durante a greve da PM *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/VEJA)*

**26/31** Durante a greve, o policiamento das ruas está sendo feito por militares da Força Nacional *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/VEJA)*

**27/31** O presidente da Aspra (Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares do Estado Bahia), Marco Prisco, na sede da Assembleia Legislativa, onde está desde a noite de terça-feira (31) *(Lúcio Távora/Ag. A Tarde/VEJA)*

**28/31** Grevistas na Assembleia Legislativa da Bahia *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/VEJA)*

**29/31** Grevistas fazem cordão frente aos militares *(Raul Spinassé/Ag. A Tarde/VEJA)*

O governo da Bahia e o movimento grevista dos policiais militares estão reunidos novamente na manhã desta terça-feira para negociar o fim da greve da categoria, iniciada em 31 de janeiro. Porém, segundo informações da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), ainda não houve avanço em nenhum dos pontos de reivindicação dos grevistas. Desde que iniciou o movimento, o estado vive uma escalada de violência, com o registro de mais de 100 mortes em uma semana. Segundo a SSP, apenas um terço dos mais de 30.000 PMs do estado estariam em greve. Já os grevistas afirmam que esse número é maior.

Entre a madrugada e a manhã desta terça-feira, nove adultos e sete crianças deixaram o prédio da Assembleia Legislativa, em Salvador, ocupada pelos grevistas desde segunda-feira. O general Gonçalves Dias, que coordena a operação de cerco ao prédio, permitiu que parentes arremessem sacolas de alimentos, artigos de higiene pessoal e limpeza para os amotinados no interior do edifício. “Nada está sendo revistado”, garantiu o tenente-coronel Márcio Cunha, porta-voz do Exército. “Foi um voto de confiança que o general deu para os manifestantes que estão fora da Assembleia e até agora mantiveram a tranquilidade”. Os alimentos também teriam sido liberados por um pedido dos grevistas, porque quatro crianças estariam com fome.

Alguns familiares foram até a Assembleia depois de saberem que poderiam jogar os alimentos. A mãe de um sargento e uma soldado, Maria José dos Santos, levou roupas e medicamentos para os filhos. “Eles reclamam que têm muita sujeira lá dentro e que estão tendo que se revezar para tomar banho e assim racionar o uso da água”, contou após falar com a filha por telefone.

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Uma ordem do juiz plantonista da Vara da Infância e da Juventude, Adenilson Barbosa dos Santos, havia determinado a saída de todas as crianças que estão no prédio com suas famílias. Porém, tanto o Exército quanto os grevistas informaram que as famílias saíram por vontade própria. Entre os adultos que deixaram o prédio estão dois fotógrafos da imprensa e sete manifestantes. Nem o Exército nem a PM souberam informar quantos são policiais. Nenhum está entre os líderes do movimento que têm mandados de prisão decretados pela Justiça.

A Casa Civil e a Secretaria de Administração do governo do estado coordenam as negociações com as associações de policiais da Bahia. Representantes desses órgãos se reúnem nesta manhã na governadoria, localizada no Centro Administrativo da Bahia, mesmo complexo onde está o prédio da Assembleia. O arcebispo de Salvador, Dom Murilo Krieger, se ofereceu para ser o mediador no diálogo entre os policiais e o governo. A categoria reivindica aumento na Gratificação por Atividade Policial (GAP), anistia para os policiais envolvidos no movimento e revogação dos pedidos de prisão dos líderes grevistas.