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Vítimas de incêndio despediram-se por SMS: ‘Mãe, estou morrendo’

Muitas vítimas, a maioria com idades entre 20 e 35 anos, não conseguiram escapar das chamas por culpa das barras de metal instaladas nas janelas do depósito

Por Da redação
7 dez 2016, 09h31

Dias depois do incêndio em um depósito de Oakland que deixou 36 mortos começam a aparecer detalhes sobre a tragédia, com a ajuda de mensagens que as vítimas enviaram a parentes e amigos, mas as autoridades americanas ainda tentam determinar as causas da catástrofe. O xerife do condado californiano de Alameda, Greg Ahern, disse à imprensa que a mãe de uma das vítimas recebeu um SMS da filha durante o incêndio, que aconteceu na noite de sexta-feira durante uma festa de música eletrônica.

“Mamãe, estou morrendo”, escreveu. “Nós tivemos conversas muito pessoais com os integrantes das famílias (das vítimas) sobre os últimos momentos durante os quais falaram com seus filhos ou amigos”, explicou o sargento Ray Kelly. “Estas coisas possivelmente ficarão conosco pelo resto de nossas vidas. Estes jovens enviaram mensagens aos pais dizendo que os amavam e que iriam morrer”, completou.

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As autoridades acreditam que muitas vítimas, a maioria com idades entre 20 e 35 anos, não conseguiram escapar das chamas por culpa das barras de metal instaladas nas janelas do depósito conhecido como “Ghost Ship”, onde acontecia a festa. O fogo, cuja origem ainda não foi determinada, se propagou com muita rapidez pelo edifício, onde estavam entre 50 e 100 pessoas.

Os bombeiros conseguiram retirar 90% dos escombros na terça-feira. As autoridades não esperam encontrar mais vítimas fatais. O administrador do depósito, Derick Ion Almena, lamentou o incidente e não aceitou ser responsabilizado pelo ocorrido.

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Ele contou que normalmente dormia no edifício com os três filhos, mas que naquela noite se hospedou em um hotel para evitar o barulho da festa. O imóvel tinha as portas abertas para aqueles que “não podem pagar aluguel porque seus sonhos são maiores que sua capacidade financeira” contou Almena, que diz ter “feito um contrato em um edifício que supostamente estava de acordo com as leis municipais”.

“Era um sonho, a ideia de um lugar que pudesse acolher todo mundo, de jovens em situação de risco, integrantes da comunidade gay a artistas que não tinham onde desenvolver sua arte, a arte alternativa”, conta. Desde sábado, as autoridades locais contaram que o lugar estava cheio de instrumentos musicais, lâmpadas antigas e outros objetos recolhidos que aparentemente não estavam de acordo com as determinações municipais.

Até o momento, foram identificados 35 de um total de 36 mortos no incêndio. Em sua maioria são adultos, entre 20 e 35 anos, e uma adolescente de 17.

(Com France-Presse)

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