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Presidente da Nigéria admite desconhecer paradeiro de meninas sequestradas

Em primeira entrevista sobre o episódio, Goodluck Jonathan afirmou que reforçou as buscas e que seu governo não irá negociar com terroristas

Por Da Redação
5 Maio 2014, 08h34

A milícia radical islâmica Boko Haram reivindicou nesta segunda-feira a autoria do sequestro de mais de 200 meninas cometido em 14 de abril em uma escola em Chibok, no noroeste da Nigéria. “Sou eu quem as sequestrou”, disse o líder do grupo armado, Abubakar Shekau, em um vídeo divulgado hoje a um reduzido grupo de jornalistas. O radical afirmou ainda que ‘em breve’ haverá mais ataques. O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, reconheceu que o governo desconhece o paradeiro das cerca de 200 meninas sequestradas há duas semanas em uma escola de ensino médio no noroeste do país, na cidade de Chikob.

Jonathan deu uma entrevista coletiva na noite deste domingo para as principais emissoras nigerianas para informar sobre as medidas que o Executivo está tomando para resgatar as estudantes, em meio aos crescentes protestos da população e rumores sobre abusos que as meninas poderiam estar sofrendo. Segundo a imprensa nigeriana, as garotas têm idades entre 13 e 18 anos.

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“Não há nenhuma informação” sobre a localização das estudantes, disse o governante. No entanto, Jonathan afirmou que a operação de segurança para encontrá-la foi reforçada. “Toda a informação que dispomos chegou de forma voluntária e buscamos nesses lugares. Estamos usando aeronaves para rastrear a superfície, mas não temos nada”, lamentou. O presidente assegurou que seu governo não está negociando com o Boko Haram ou outro grupo a libertação das meninas, de maioria cristã.

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“Solicitamos a máxima cooperação dos tutores e dos pais destas meninas, porque até agora não fomos capazes de fornecer para a polícia uma identidade clara das meninas que têm de ser resgatadas”, declarou. O líder pediu ajuda para países vizinhos, como Camarões, Chade e Benin, para localizar as estudantes, que segundo alguns ‘rumores’ poderiam ter saído do país.

Esta é a primeira vez que Jonathan comparece perante os meios de comunicação para se pronunciar sobre o sequestro. Mães, intelectuais e cidadãos vêm protestando conta a falta de uma ação mais contundente do governo. Enquanto segue sem estar claro o número de meninas sequestradas e liberadas, devido à publicação de informações contraditórias pela polícia, Exército e os próprios pais, espalha-se o temor sobre abusos por parte de seus sequestradores. Uma das meninas raptadas que conseguiu escapar relatou que as reféns mais jovens sofriam até quinze estupros por dia e que ela foi oferecida como esposa de um dos líderes da seita.

O Boko Haram, que significa em língua local ‘a educação não islâmica é pecado’, luta para impor a sharia (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul. Desde que a polícia matou em 2009 o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha, que já causou mais de três mil mortos no país.

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(Com agência EFE e France-Presse)

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