De origem cubana, senador Rubio quer frear voos entre EUA e Cuba
Marco Rubio acha "irresponsável deixar aspectos-chave" da segurança dos Estados Unidos "nas mãos do antiamericano e repressivo regime de Cuba"
O senador republicano Marco Rubio, acompanhado do democrata Robert Menendez, apresentou nesta quarta-feira um projeto de lei para interromper voos entre Estados Unidos e Cuba até que seja provado que os aeroportos da ilha cumprem com as mais exigentes medidas de segurança. A proposta dos senadores, ambos de origem cubana, ocorre uma semana depois de EUA e Cuba terem estabelecido a primeira conexão aérea regular entre os dois países desde 1961.
Os senadores buscam frear os voos para Cuba até que a Administração de Segurança do Transporte dos EUA (TSA, na sigla em inglês) avalie as medidas de segurança adotadas pelos aeroportos da ilha e possa comprovar a confiabilidade dos funcionários cubanos.
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“Com tantas ameaças graves no mundo todo, é irresponsável deixar aspectos-chave de nossa segurança nas mãos do antiamericano e repressivo regime de Cuba”, disse Rubio em comunicado.
Apesar de sua origem cubana, o senador republicano, que chegou a disputar as eleições primárias para ser o candidato do partido nas eleições presidenciais dos EUA em novembro, é um dos mais firmes opositores ao restabelecimento das relações entre os países.
Rubio ressaltou que os funcionários dos aeroportos são contratados pelo governo cubano e que isso aumenta as possibilidades de alguém querer prejudicar os EUA fornecendo informações sensíveis sobre dados de voo ou controles de segurança. “Cuba continua sendo um aliado estratégico de algumas das organizações terroristas mais perigosas do mundo”, disse Menendez.
A iniciativa bipartidária dos senadores enfrentará uma dura oposição no Congresso, que tem sido palco de vários projetos de lei para autorizar viajar de forma livre à ilha. Caso a iniciativa prospere no Legislativo, a Casa Branca tem poder de veto e possivelmente barraria a proposta que vai de encontro às políticas defendidas pelo presidente Barack Obama.
Os defensores da abertura dos voos comerciais defendem que, durante anos, as companhias de aviões fretados ligaram os dois países em viagens que não registraram incidentes. Além disso, alegam que a regularidade dos voos também diminui os preços.
Rubio e Menendez afirmam ainda que o fluxo de turistas americanos em Cuba enriquecerá o regime dos Castro, apesar de seu questionável respeito aos direitos humanos.
(Com EFE)