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Superliga chinesa: Você diria não ao futebol chinês?

Liga asiática segue pagando salários astronômicos, mas alterou normas para desenvolver o futebol local e já não atrai brasileiros como antigamente

Por Da Redação Atualizado em 26 abr 2019, 12h16 - Publicado em 11 mar 2019, 17h36

Há pouco mais de três anos, o meia Renato Augusto resumiu seu dilema profissional da seguinte forma: disse “torcer” para não chegar uma proposta do Beijing Guoan, pois seria impossível não aceitar. A oferta milionária veio e o jogador se uniu a Ralf, Jadson e Gil, colegas do então campeão nacional Corinthians, na debandada chinesa. Ao longo dos últimos anos, vários brasileiros seguiram o caminho da fortuna asiática, incluindo jogadores com mercado na Europa. Oscar, titular do Brasil na Copa de 2014, por exemplo, trocou o poderoso Chelsea pelo Shanghai SIPG, por um salário de cerca de 9 milhões de reais mensais – pouco mais do que recebe Hulk, seu colega no atual campeão chinês.

Em 2019, porém, o poder de sedução chinesa parece ter diminuído. Alguns atletas mais conhecidos, como Diego Tardelli, Hernanes e Ricardo Goulart, decidiram voltar ao Brasil, enquanto outros, como Deyverson, Bruno Henrique e Dudu, do Palmeiras, e Luan, do Grêmio, contrariaram a tese de Renato Augusto e descartaram propostas astronômicas.

A janela de transferências da China fechou na última semana e apenas um jogador de clube da Séria A do Brasileirão rumou para a Superliga Chinesa: Henrique Dourado, que trocou o Flamengo pelo Henan Jianye por 6 milhões de dólares (algo em torno de 22,3 milhões de reais). “Foi bom para os dois lados”, justificou Dourado, que estreou na liga de forma quase surreal – fez um gol e minutos depois sofreu uma grave lesão. O “sim” de Dourado, que era reserva no Flamengo, surpreendeu muito menos que a negativa de Deyverson. Mesmo escanteado no Palmeiras após uma sequência de casos de indisciplina, o atacante rejeitou proposta de mais de 50 milhões de reais do Shenzen FC. “A decisão é minha, eu decido se vou ou não. Quando cheguei, fui muito criticado e dei a volta por cima. Queria sair pela porta de frente. Optei por ficar porque amo o Palmeiras”, afirmou o jogador.

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