O som do Carnaval pernambucano está sendo transformado por uma geração inquieta de artistas que não querem repetir o estereótipo da dança com sombrinhas. Esta leva variada e criativa de intérpretes, orquestras e passistas está empenhada em renovar o gênero que completa 111 anos em 2018. Eles cruzam frevo com jazz, mudam a formação das bandas tradicionais e tentam aproximar o ritmo de Recife dos gêneros mais populares do Brasil, como o sertanejo universitário e o axé.
O cantor Romero Ferro é mentor do Frevália, movimento que cria arranjos modernos para frevos tradicionais e busca composições de artistas de fora de Pernambuco. O pianista Amaro Freitas adapta o ritmo carnavalesco para as formações típicas do jazz — no lugar da tuba das orquestras de rua, por exemplo, entra o contrabaixo.
A cantora – e também dançarina – Flaira Ferro quer que ritmo fundamental de seu estado seja mais moderno, ”sem nostalgia” e que não fale só de Carnaval. “O frevo tem de representar a nossa época”, diz.