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Vale a pena comprar uma TV Ultra-HD? Veja o que dizem os cientistas

Estudo revela que o olho humano enxerga menos detalhes do que se imaginava e que telas ultranítidas, como as 8K, podem não fazer tanta diferença quanto parece

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 out 2025, 12h00

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Cambridge e da Meta Reality Labs revelou que o limite de resolução da visão humana é significativamente mais alto do que se acreditava. Esta descoberta estabelece um novo marco para a indústria de tecnologia, indicando que a corrida por telas com resoluções cada vez mais altas, como 8K, pode estar atingindo um ponto de retorno decrescente. A pesquisa demonstra que investir em resoluções além deste limite recém-definido significa gastar energia e poder de processamento em pixels que nossos olhos simplesmente não conseguem perceber.

Durante décadas, a indústria partiu do princípio de que a visão humana perfeita (20/20) podia discernir até 60 pixels por grau visual (PPD), uma métrica herdada de testes oculares do século XIX. No entanto, a pesquisa atual contornou as limitações desses métodos antigos. “Essa medição foi amplamente aceita, mas ninguém havia realmente se dedicado a medi-la para displays modernos”, explicou Maliha Ashraf, autora principal do estudo. Para obter uma medição precisa, a equipe criou uma configuração experimental inovadora com um display deslizante, que ajustava continuamente a distância e, consequentemente, a resolução percebida pelo observador.

Os resultados revelaram uma hierarquia crucial na nossa percepção visual. Para a visão central, o limite de resolução para imagens em preto e branco (contraste de luz) atingiu uma média de 94 PPD, muito acima do consenso anterior de 60 PPD. No entanto, a capacidade de perceber detalhes em cores é drasticamente menor. Enquanto para variações de vermelho e verde o limite ainda era alto (89 PPD), para cores amarelo e azul/violeta essa capacidade despencou para 53 PPD. “Nosso cérebro, na verdade, não tem a capacidade de sentir detalhes em cores muito bem”, explicou o professor Rafał Mantiuk, coautor do estudo, destacando que nosso sistema visual é otimizado para o contraste de luz, não para a cor.

O que isso muda para quem compra uma TV nova?

Essas descobertas têm implicações vastas e diretas para o desenvolvimento de telas de smartphones, óculos de Realidade Aumentada (AR) e headsets de Realidade Virtual (VR). Com um “norte” claro definido, os engenheiros podem agora focar em eficiência e clareza visual, em vez de simplesmente empilhar pixels. “Se você tem mais pixels no seu display, ele é menos eficiente, custa mais e requer mais poder de processamento para ser operado”, ressaltou o Professor Mantiuk. Isto permite otimizar técnicas como a renderização foveada, que reduz a resolução das cores na visão periférica – onde nossa percepção de detalhes cromáticos é mais fraca – gerando economias significativas de desempenho sem perda de qualidade perceptível.

Para o consumidor final, este estudo oferece um olhar mais crítico sobre as escolhas de compra. A necessidade de uma TV 8K para uma sala de estar de tamanho médio, por exemplo, pode ser questionável, pois o benefício de resolução adicional é mínimo a certas distâncias. Para auxiliar nisso, os pesquisadores disponibilizaram uma calculadora online para que qualquer pessoa possa verificar a resolução ideal para sua própria tela e distância de visualização. Em última análise, esta pesquisa não significa o fim da inovação em displays, mas sim uma mudança de foco: de uma corrida por “mais pixels” para uma abordagem mais inteligente de oferecer “os pixels certos”, priorizando a eficiência energética e uma experiência visual verdadeiramente superior.

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