Tecnologia

Tesla confirma: carro estava em modo automático em acidente fatal

Fabricante americana se defendeu e informou que o condutor, que morreu no acidente na Califórnia, ativou piloto automático ignorando advertências

Por AFP Atualizado em 10 abr 2018, 16h10 - Publicado em 31 mar 2018, 13h17

O carro elétrico Model X da Tesla, destruído após acidente fatal (KTVU FOX 2/Reuters)

O fabricante americana de automóveis elétricos Tesla confirmou que o modo piloto automático estava ativado durante acidente fatal na semana passada, em Mountain View, na Califórnia, fato que pode exacerbar as preocupações sobre a segurança dos veículos autônomos. A empresa informou nesta sexta-feira que o condutor havia ativado o piloto automático, mas ignorou várias advertências.

“Nos momentos prévios à colisão (…) o piloto automático foi conectado”, disse a Tesla, acrescentando que “o motorista havia recebido antes, dentro da unidade, várias advertências visuais e sonoras de utilizar as mãos, nas suas mãos não foram detectadas no volante durante os seis segundos anteriores à colisão”.

Um veículo Tesla Modelo X colidiu contra uma barreira perto da cidade de Mountain View em 23 de março, pegando fogo antes de ser atingido por outros dois automóveis. O motorista do Tesla, Wei Huang, um homem de 38 anos, morreu mais tarde no hospital.

Segundo a fabricante, “o motorista teve aproximadamente cinco segundos e 150 metros de alcance de visão” antes de bater no obstáculo de concreto, mas os registros do veículo mostram que ele não reagiu”. A Tesla acrescentou que a razão pela qual o automóvel autônomo sofreu um dano tão grande foi o fato de a barreira da pista “ter sido danificada em um acidente anterior sem ser substituída”.

“Nunca vimos este nível de dano em um Modelo X em nenhuma outra batida”, garantiu. A companhia, fundada há 15 anos pelo empresário sul-africano Elon Musk, também tentou minimizar os temores sobre sua nova tecnologia, alegando que um ano atrás o próprio governo dos Estados Unidos a observava como uma forma viável “de reduzir o número de colisões para 40%”.