Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Mês dos Pais: Revista em casa por 7,50/semana

Terra gira mais rápido neste verão e pode afetar GPS e internet

Mudanças sutis na rotação do planeta vêm sendo observadas desde 2020 e mostram como fenômenos naturais e ações humanas podem influenciar até o tempo de um dia

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jul 2025, 15h30

Durante os meses de julho e agosto, a Terra tem girado ligeiramente mais rápido do que o normal. No dia 9 de julho, por exemplo, o planeta completou sua rotação em 1,3 milissegundo a menos do que o habitual. Para o dia 5 de agosto, a previsão é de um encurtamento de 1,52 milissegundo. Diferenças tão pequenas podem parecer irrelevantes, mas são registradas com extrema precisão por cientistas ao redor do mundo.

Embora a rotação da Terra desacelere lentamente ao longo dos séculos — efeito causado principalmente pela influência gravitacional da Lua —, desde 2020 os pesquisadores têm observado o movimento contrário: uma aceleração pontual. O fenômeno está relacionado a uma série de fatores naturais que alteram a distribuição de massa do planeta e, consequentemente, sua velocidade de rotação.

O que explica essa aceleração?

Entre as principais causas apontadas pelos cientistas estão a posição da Lua em determinados momentos do ano, que afeta mais intensamente os polos do que o Equador, e mudanças no núcleo e no manto terrestre. Também contribuem eventos atmosféricos, como o El Niño, e alterações na hidrosfera, como a extração de água subterrânea ou o derretimento de geleiras.

A ocorrência de terremotos também pode influenciar a rotação. Em 2011, o terremoto que atingiu o Japão encurtou o dia em 1,8 microssegundo e deslocou a ilha principal do país em mais de dois metros. Cada variação, por menor que pareça, interfere no cálculo exato do tempo, que é fundamental para o funcionamento de diversos sistemas tecnológicos.

Como isso afeta a tecnologia?

Mudanças na duração dos dias exigem acompanhamento contínuo por parte da ciência, especialmente porque muitos sistemas — como o GPS, redes de telecomunicações e missões espaciais — dependem de uma sincronização precisa com o tempo atômico. Em um milissegundo, um sinal de fibra óptica pode percorrer 300 quilômetros, o que mostra o potencial impacto de variações tão sutis.

Continua após a publicidade

Para evitar erros de navegação ou falhas em operações sincronizadas globalmente, cientistas utilizam relógios atômicos e, quando necessário, fazem ajustes conhecidos como “segundos intercalares” no Tempo Universal Coordenado (UTC), mantendo-o alinhado com a rotação real do planeta.

Ainda que imperceptível para as pessoas no cotidiano, a aceleração no giro da Terra tem implicações reais. Um pequeno desvio no tempo pode afetar desde a estabilidade da internet até o cálculo exato do pouso de uma espaçonave. Com base nos dados mais recentes, especialistas seguem monitorando a rotação do planeta com atenção — e milissegundos de antecedência.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 16,90/mês
Apenas 9,90/mês*
OFERTA MÊS DOS PAIS

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.

abrir rewarded popup