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Tecnologia 3D ainda é um mistério para indústria do cinema

Diretores de Hollywood procuram opções para aproveitar melhor o formato

Por Da Redação
26 dez 2011, 11h25

Dois anos após o grande sucesso alcançado pelo filme Avatar com sua tecnologia 3D, Hollywood ainda luta para definir qual a melhor forma de aproveitar o modelo tridimensional. Mas enquanto a indústria faz estudos e procura alternativas viáveis, os espectadores – já cansados da novidade – começam a rejeitar os inconvenientes óculos que permitem desfrutar do efeito. Para piorar a situação, os analistas destacam que o 3D não é mais suficiente para captar espectadores, irritados de pagar mais por algo que nem sempre os satisfaz. “A distribuição de filmes em 3D em 2011 foi uma lição para estúdios e salas de cinema”, disse Jeff Bock, analista de bilheteria da empresa Exhibitor Relations. “Apesar da estreia de quase 40 filmes tridimensionais este ano, os estúdios estão reduzindo os filmes neste novo formato. O motivo? O público não vai pagar por uma obra em 3D que não ofereça uma imagem de primeira”, explicou.

A revolução 3D – ou a mais recente tentativa de fazer cinema em 3D – acontece no momento em que a indústria do cinema tenta reinventar-se com a multiplicação dos formatos para assistir um filme. É possível afirmar que Hollywood está buscando seu “momento iTunes”, como aconteceu com o sucesso da loja on-line da Apple para a indústria da música, ante a concorrência da pirataria, os downloads ilegais e o streaming – acesso a arquivos de áudio e vídeo na internet sem download prévio.

A julgar pelos fracassos de bilheteria este ano de grandes produções em 3D, como Conan, o Bárbaro, Glee e Pequenos Espiões 4, assim como o de vendas de aparelhos de televisão 3D, essa tecnologia não parece ser a solução dos problemas da indústria. “Dois pontos importantes para os consumidores continuam sendo o preço da TV e a necessidade de usar óculos”, destacou a empresa de pesquisas de mercado NPD. Mas muitos cineastas ainda apostam nesta tecnologia: no Festival Internacional de Cinema de Busan, na Coreia do Sul, em outubro, os destaques foram produções de baixo orçamento em 3D. “O orçamento não importa, é a história o que importa no cinema e isto é igual quando se usa o 3D”, disse o diretor sul-coreano Choo Sang-rok, do filme Persimmon.

Para o diretor Steven Spielberg, no entanto, o 3D deve ser utilizado apenas quando necessário. “Não concordo com meus colegas que acreditam que cada filme deve ser em 3D. É uma ferramenta a mais em uma caixa de ferramentas enorme”, disse à revista Variety. “Penso que o 3D deve ser usado quando há algo para aproveitar disto, não apenas para poder escrever ‘3D’ no cartaz do filme”, completou. Mas segundo rumores, Spielberg avalia fazer uma versão 3D de Jurassic Park, o que para os críticos teria apenas a finalidade de faturar mais. Para o analista da Exhibitor Relations, Hollywood não dará as costas ao 3D, mas aprenderá com os erros. “Os estúdios serão muito mais criteriosos sobre o que estreará em 3D nos próximos anos. Não se enganem: o 3D não vai a lugar algum, está apenas se adaptando, sempre e quando o público responder”, disse Jeff Bock.

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Em 2012, Hollywood aposta em uma safra de filmes 3D com bons nomes, como Homens de Preto 3, o novo Homem Aranha, Os Vingadores e O Hobbit. Outra obra que deve fazer parte dessa leva é o blockbuster Titanic, de James Cameron, que vai ganhar uma adaptação tridimensional.

(Com AFP)

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