Pesquisa mostra que uso de celulares e wi-fi em escolas está mais controlado
Tendência reflete uma preocupação com o uso adequado das tecnologias digitais no ambiente educacional
A pesquisa TIC Educação 2023, lançada nesta terça-feira, 6, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revela que o uso de celulares e wi-fi nas escolas está sendo cada vez mais restrito e controlado. Essa tendência reflete uma preocupação com o uso adequado das tecnologias digitais no ambiente escolar.
O levantamento mostra um aumento significativo na proibição do uso de celulares, especialmente nas escolas que atendem alunos mais novos. Além disso, o acesso à internet sem fio está sendo limitado por senhas em um número cada vez maior de instituições.
Em 64% das escolas de Ensino Fundamental e Médio no país, os alunos podem utilizar o telefone celular apenas em determinados espaços e horários, enquanto 28% das instituições educacionais não permitem o uso do dispositivo pelos estudantes.
Do total de instituições de Ensino Fundamental e Médio com Internet, na maioria (58%), o acesso a esse tipo de rede sem fio é restrito pelo uso de senha, sendo que em 26% das instituições, os alunos podem utilizar a tecnologia. É possível observar ainda, com base na comparação dos indicadores coletados entre as edições 2020 e 2023 da pesquisa, uma redução na proporção de escolas que liberam o Wi-Fi para os alunos – de 35% para 26% – e um aumento na porcentagem das que restringem o acesso – de 48% para 58%.
Qual a solução?
“Por um lado, as políticas educacionais têm buscado reduzir as desigualdades de oportunidades de acesso e de desenvolvimento de habilidades digitais para os estudantes nas instituições educacionais”, diz Alexandre Barbosa, gerente do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). “Por outro, há um reconhecimento de que a ampliação da conectividade somente poderá ser considerada ‘significativa’ se a participação dos estudantes nos ambientes digitais se der de forma segura, responsável, crítica e adequada ao seu bem-estar.”