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No Congresso, Google, Facebook e Microsoft negam parceria com órgão de espionagem

Porta-vozes das três empresas falaram a comissão do Senado sobre monitoramento de informações por parte do governo americano

Por Gabriel Castro
15 ago 2013, 12h49

Representantes do Google, do Facebook e da Microsoft negaram nesta quinta-feira que as empresas tenham participado do programa de espionagem levado adiante pelo governo dos Estados Unidos.

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Em audiência pública realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado para tratar da suspeita de que empresas facilitaram o acesso do governo americano a dados sigilosos de clientes, o trio apresentou alegações semelhantes, e garantiu aos parlamentares que os dados dos clientes só são encaminhados ao poder público mediante pedidos formais, caso a caso.

“O Google não aderiu ao Prisma nem a qualquer programa de vigilância governamental”, disse o diretor de políticas governamentais do Google Brasil, Marcel Leonardi. Ele afirmou que, neste ano, a empresa recebeu – de governos e de tribunais – pedidos de informação sobre 19.000 contas ao redor do mundo. “Não houve nenhum acesso em larga escala de milhões de contas”, garantiu ele.

Leonardi também afirmou que a empresa age com cautela quando recebe pedidos de informação de governos a respeito de cidadãos de outros países. De acordo com ele, as empresas da internet se preocupam em não ferir a privacidade dos clientes. “A base de existência dessas companhias é confiança que o usuário deposita nos nossos serviços.”

Alexandre Esper, representante da Microsoft, disse que a companhia não aderiu a qualquer programa governamental que significasse a cessão direta de informações sigilosas: “A Microsoft não fornece a nenhum país, governo ou instituição, sob nenhum pretexto, acesso irrestrito de (dados de) seus clientes”, disse ele.

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Bruno Magrani, gerente de relações governamentais do Facebook no Brasil, seguiu o mesmo caminho e afirmou que a companhia só soube do episódio pela imprensa: “Nunca participamos de qualquer programa do governo americano ou qualquer outro para garantir acesso direto aos nossos dados”, disse ele.

As suspeitas de que empresas colaboraram com o programa de espionagem também se estendem a companhias de transmissão e armazenagem de dados – como as que oferecem o serviço de fibra óptica.

Os representantes do Google, do Facebook e da Microsoft afirmaram que a obrigatoriedade de armazenamento das informações em solo brasileiro, como sugere o governo, não teria grandes efeitos porque uma mensagem enviada por alguém do Brasil para o exterior automaticamente pode ser acessada também fora do país.

As revelações de que o governo americano monitorou sistemas de telecomunicação – inclusive no Brasil – surgiram quando Edward Snowden, que era técnico em informática da National Security Agency (NSA), entregou milhares de dados sigilosos ao jornalista Glenn Greenwald, que publicou reportagens no jornal inglês The Guardian sobre o episódio. Greenwald também informou, no jornal O Globo, que o Brasil é um dos alvos da espionagem.

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