Tecnologia

Líder anuncia nova frota sustentável

Empresa será representante exclusivo das aeronaves elétricas da Beta Technologies e centro de serviço autorizado da fabricante

Por Valéria França SEGUIR SEGUINDO 4 ago 2025, 18h44

SUSTENTABILIDADE - Alia-250: eVTOL da Beta (Beta Technologies/Divulgação)

Empresa mineira referência em táxi-aéreo e aviação executiva, a Líder resolveu navegar no horizonte da sustentabilidade. Anunciou nesta segunda-feira, 4, que será representante exclusivo, no Brasil, da companhia Beta Technologies. Com o acordo, a Líder passa a contar duas aeronaves elétricas produzida pela empresa americana, a CX300, aeronave totalmente convencional, e a ALIA 250, que é um eVTOL, acrônimo do inglês para “electric vertical take-off and landing” (em tradução livre, aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical), fica no meio do caminho entre o drone e o helicóptero. Especificamente na produção deste modelo a Beta é concorrente da Eve Air Mobility, parceira da Embraer.

Entre os diferenciais do ALIA 250 está o design com quatro rotores verticais independentes e uma hélice horizontal evitando o sistema tilt-rotor, considerado mais complexo e menos eficiente. A aeronave também oferece zero emissão de carbono, por ser 100% elétrico, sistema de carregamento rápido e portátil compatível com a infraestrutura elétrica já existente em aeroportos brasileiros e cockpit com dois assentos, facilitando treinamentos e operação inicial com pilotos.

Além dessas aeronaves, o acordo prevê a encomenda de mais de 50 modelos para a sua frota própria. A Líder passa a ser representante de vendas exclusiva da Beta no Brasil, além de centro de serviços autorizado para os modelos da fabricante. “Depois de anos estudando o mercado de aeronaves elétricas, optamos por uma parceria com a Beta pela robustez da tecnologia, pela maturidade do projeto e pelo alinhamento com nossa visão de futuro. É um marco para a aviação no Brasil”, afirma Júnia Hermont, CEO da Líder Aviação.

Os modelos estão em fase final de desenvolvimento e certificação junto aos órgãos de regulamentação e supervisão da aviação civil nos EUA e no Brasil, respectivamente FAA e Anac. Isso quer dizer que a aquisição dos modelos ainda demora para cruzar o céu por aqui. A entrega das primeiras unidades está prevista para depois da homologação internacional.