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Intel corre atrás do tempo perdido no segmento móvel

Novo diretor geral de operações no Brasil admite que empresa americana está atrasada na fabricação de chips para celulares e tablets — mas promete reação

Por Claudia Tozetto
30 ago 2014, 19h21

Principal fabricante de chips para computadores, a Intel ditou em boa medida o ritmo de evolução da tecnologia nas últimas décadas. Naquele período, os equipamentos avançavam à medida em que eram aprimorados os microprocessadores da companhia americana. Gordon Moore, cofundador da empresa, chegou a apresentar em 1965 uma equação que previa a velocidade do avanço dos chips: segundo a Lei de Moore, o poder de processamento dos componentes dobraria a cada dois anos, mantendo-se estável o custo do produto. Ele estava certo. Nos últimos anos, porém, o protagonismo tecnológico da Intel vem sendo abalado.

PCs caem; celulares & tablets sobem
2013 2014* 2015*
Desktops, notebooks e híbridos 0,31 0,30 0,31
Dispositivos móveis 2 2,1 2,2

O gigante americano ainda é o maior fabricante de chips para computadores, mas esse mercado está encolhendo devido, em boa medida, à ascensão do segmento de smartphones e tablets. O problema é que a Intel perdeu esse boom, permitindo que marcas como NVidia e Qualcomm saltassem à sua frente na fabricação dos chips que dão vida aos dispositivos móveis. Alternativamente, priorizou o ultrabook, híbrido de notebook e tablet que definitivamente não decolou. A Intel, contudo, promete reagir.

O primeiro passo da estratégia é instalar processadores em 40 milhões de tablets até o fim do ano, sendo mais de 80% deles em gadgets que usam o sistema operacional Android, do Google. Se o plano funcionar, a empresa pode deixar para trás a participação de mercado quase nula e assumir um domínio de 16,3% do bolo global, estimado em 245 milhões de tablets em 2014. De fato, será um feito, já que a divisão móvel rendeu à companhia inexpressivos 51 milhões de dólares no segundo trimestre deste ano – 0,37% da receita de 13,8 bilhões de dólares.

O Brasil faz parte do mapa da mudança da Intel. Neste mês, a empresa nomeou um novo diretor de operações para o país, o colombiano David González, de 39 anos. Sua missão é ajudar a Intel a companhia a colocar seus chips nos smartphones e tablets dos fabricantes brasileiros. “Chegamos tarde, mas temos uma estratégia agressiva para nos tornar competitivos”, diz o executivo em entrevista ao site de VEJA. Na entrevista a seguir, González detalha os próximos passos e aponta tropeços passados da companhia.

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