Greve de empresa francesa adia lançamento de satélite brasileiro
De acordo com a companhia Arianespace, responsável por colocar os satélites em órbita, os equipamentos serão mantidos em segurança enquanto não forem usados
O lançamento do projétil que colocaria em órbita um satélite da Telebrás e outro da empresa sul-coreana Ktsat foi adiado, por tempo indeterminado, devido a uma greve de funcionários da Arianespace, companhia francesa responsável por levar os satélites até a órbita terrestre. As paralisações ocorrem na Guiana Francesa, local onde aconteceria o evento, que estava previsto para a última segunda-feira (20).
Em comunicado, nesta quinta-feira (23), a Arianespace informou que a greve social impede que os satélites sejam levados até a plataforma de lançamento e que a evolução da situação não permite a retomada da operação. Ainda de acordo com a empresa, os equipamentos serão mantidos em “perfeitas condições de segurança” até que o lançamento aconteça.
Projeto SGDC
O SGDC, nome do primeiro satélite geoestacionário do Brasil, foi desenvolvido pela Telebrás com o intuito de garantir segurança na comunicação militar e ampliar a oferta de internet banda larga, sobretudo nas regiões remotas do país. A iniciativa recebeu o investimento de 2 bilhões de reais.
De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), um dos responsáveis pela execução do projeto, o SGDC pesa cerca de 6 toneladas e será posicionado a uma altura de 36 mil quilômetros de distância da superfície terrestre. O equipamento vai cobrir todo o território brasileiro e parte do oceano Atlântico, e seu centro de comando será dividido entre Brasília e Rio de Janeiro.