Executiva do Facebook pede desculpas por estudo ‘secreto’ com usuários
Segundo Sheryl Sandberg, houve falha de comunicação no episódio. Pesquisa modificou modo como mais de 600.000 pessoas visualizam conteúdo na rede
Por Da Redação
2 jul 2014, 18h46
Sheryl Sandberg - chefe de operações do Facebook Frank Franklin II/AP/VEJA/VEJA
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A vice-presidente de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, pediu desculpas aos usuários da rede social nesta quarta-feira, três dias após a divulgação de um experimento acadêmico realizado “secretamente” com mais de 600.000 cadastrados no serviço para identificar e compreender o humor das pessoas com base na atualização dos amigos no site. Segundo Sheryl, considerada a principal executiva da companhia americana depois do cofundador Mark Zuckerberg, houve falha de comunicação no episódio.
“Isso (o artigo acadêmico) faz parte das pesquisas que as empresas realizam para testar diferentes produtos, e foi somente isso. Ela foi mal comunicada”, afirmou. “E por essa comunicação, nós nos desculpamos. Nós nunca quisemos chatear vocês (usuários)”, finalizou, durante um encontro com potenciais anunciantes na Índia.
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Segundo o estudo, produzido em parceria entre funcionários da equipe de dados da rede social e pesquisadores das universidades da Califórnia e de Cornell, nos Estados Unidos, o Facebook mudou propositalmente, entre os dias 11 e 18 de janeiro de 2012, os conteúdos que seriam exibidos na linha do tempo de 689.000 usuários selecionados aleatoriamente na rede social em inglês. Para tanto, formaram-se dois grupos: uma parte só iria acompanhar conteúdos considerados positivos e, a outra metade, assuntos negativos. Ao todo, mais de 3 milhões de conteúdos e 122 milhões de palavras foram analisadas.
Publicado na última edição da revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o experimento apontou que pessoas são contagiadas emocionalmente ao conferir o status de seus amigos na rede social: posts considerados positivos produzem felicidade, enquanto os negativos induzem sentimentos depressivos. “Há uma espécie de contágio emocional”, diz o estudo. “O resultado indica que as emoções demonstradas por outras pessoas podem influenciar nossas opiniões”, finaliza.
Apesar de a produção de artigos acadêmicos relacionados à rede social ser uma prática comum da empresa, houve o questionamento ético de muitos usuários do serviço. “Devemos manipular informações para compreender as reações dos seres humanos?”, foi uma das questões.
Nesta quarta-feira, o Gabinete da Comissão de Informação da Grã-Bretanha informou que vai investigar a empresa para saber se a iniciativa infringiu o direito à privacidade dos usuários. Apesar de constar na atual versão dos termos de privacidade do serviço, o fato de realizar pesquisas e artigos acadêmicos com os dados dos usuários pode ter sido acrescentado pela empresa quatro meses depois da realização do estudo, segundo informa a versão digital da revista americana Forbes.
1/68 Em três passos, usuário terá condição de revisar os controles de privacidade da rede (Reprodução/VEJA/VEJA)
2/68 Dois encontros em onze dias decretaram o bilionário negócio entre Facebook e WhatsApp (Dado Ruvic/Reuters/VEJA/VEJA)
3/68 WhatsApp foi vendido ao Facebook em um valor estimado em 19 bilhões de dólares (Dado Ruvic/Reuters/VEJA/VEJA)
4/68 Em um minuto, recurso resume atividades mais populares do usuário na rede (Reprodução/VEJA/VEJA)
5/68 Homem segura um celular com o programa do Facebook Home (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
6/68 Logo do Facebook (Stephen Lam/Getty Images/VEJA/VEJA)
7/68 Logo do Facebook em um MacBook Air (Eric Thayer/Reuters/VEJA/VEJA)
8/68 Instagram lança recurso de mensagens diretas entre usuários (Reprodução/VEJA/VEJA)
9/68 Escritório do Facebook em São Paulo (Heitor Feitosa/VEJA/VEJA)
10/68 Escritório do Facebook em São Paulo (Heitor Feitosa/VEJA/VEJA)
11/68 Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
12/68 Hashtags transformam assuntos e expressões em links na rede social (Reprodução/VEJA/VEJA)
13/68 Novo conceito de buscas da rede foi apresentada em janeiro por Mark Zuckeberg (Reprodução/VEJA/VEJA)
14/68 Instagram ganha recurso de vídeos (Divulgação/VEJA/VEJA)
15/68 O novo celular do Facebook com sistema Android (Divulgação/VEJA/VEJA)
16/68(VEJA.com/VEJA/VEJA)
17/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Justin Sullivan/AFP/VEJA/VEJA)
18/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
19/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
20/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
21/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
22/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
23/68 Mark Zuckerberg fala durante o lançamento do novo celular do Facebook com sistema Android (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
24/68 Escritório do Facebook no Brasil, localizado em São Paulo (VEJA.com/VEJA/VEJA)
25/68 Ações do Facebook aparecem em telão em Nova York, em maio de 2012 (Spencer Platt/Getty Images/VEJA/VEJA)
26/68 Escritório do Facebook no Brasil, localizado no bairro Itaim Bibi, em São Paulo (VEJA.com/VEJA/VEJA)
27/68 "Hoje, 20 milhões de brasileiros já acessam o Facebook a partir de um smartphone", diz a VEJA o executivo da empresa, Alexandre Hohagen (Eladio Machado/VEJA/VEJA)
28/68 Hohagen comanda um time de 50 profissionais na sede do Facebook em São Paulo (Eladio Machado/VEJA/VEJA)
29/68 Segundo o executivo, o país ainda vai apresentar um crescimento agressivo de usuários (Eladio Machado/VEJA/VEJA)
30/68 Mark Zuckerberg concede em setembro de 2012 sua 1ª entrevista após IPO de sua empresa, o Facebook (Beck Diefenbach/Reuters/VEJA/VEJA)
31/68 Em entrevista a Michael Arrington em setembro de 2012, Zuckerberg garante que o Facebook é uma empresa móvel (Beck Diefenbach/Reuters/VEJA/VEJA)
32/68 Mark Zuckerberg e Priscilla Chan durante as férias em Capri, na Itália, em maio de 2012 (Giuseppe Catuogno/EFE/VEJA/VEJA)
33/68 Dias após o IPO do Facebook, em maio de 2012, Mark Zuckerberg se casa com Priscilla Chan. A foto, claro, foi parar na rede social (EFE/VEJA/VEJA)
34/68 Facebook na bolsa de valores (Spencer Platt/Getty Images/VEJA/VEJA)
35/68 Em maio de 2012, o Facebook fez maior IPO de tecnologia da história (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
36/68 O fundador do Facebook aparece em telão em Nova York e pedestres registram momento tirando fotografias na Times Square (Spencer Platt/Getty Images/VEJA/VEJA)
37/68 Mark Zuckerberg celebra entrada do Facebook na Nasdaq na sede da empresa, na Califórnia, em maio de 2012 (Reuters/VEJA/VEJA)
38/68 Emocionado, Mark Zuckerberg anuncia em maio, na Califórnia, estreia do Facebook na Nasdaq (Reuters/VEJA/VEJA)
39/68 Em abril, o Facebook paga 1 bilhão de dólares para adquirir o Instagram (Julian Stratenschulte/EFE/VEJA/VEJA)
40/68 Saverin, em entrevista exclusiva a VEJA: "Não tenho ressentimento algum do Mark" (Gilberto Tadday/VEJA/VEJA)
41/68 Usuários da rede social reclamam, em abril de 2012, dos aplicativos de acesso ao Facebook (Jason Alden/Bloomberg via Getty Images/VEJA/VEJA)
42/68 Facebook revela novos servidores em abril de 2012, localizados na Carolina do Norte, EUA (Rainier Ehrhardt/Getty Images/VEJA/VEJA)
43/68 Servidores do Facebook, na Carolina do Norte, Estados Unidos (Rainier Ehrhardt/Getty Images/VEJA/VEJA)
44/68 Zuckerberg cumprimenta funcionários do Facebook, na sede da empresa em Palo Alto, Califórnia (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
45/68 Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, durante reunião de cúpula do G8 em maio de 2011, na cidade de Deauville, França (Chris Ratclife/Getty Images/VEJA/VEJA)
46/68 Interface do Facebook, com nova timeline (Reprodução/VEJA/VEJA)
47/68 CEO do Facebook apresenta a Timeline, espécie de biografia digital do usuário (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
48/68 Zuckerberg, sobre a Timeline, em setembro de 2011: "Promovemos a maior mudança desde a criação do Facebook" (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
49/68 Durante o F8, em setembro de 2011, o comediante Andy Sandberg faz imitações ao CEO da rede, Mark Zuckerberg (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
50/68 Milhares de desenvolvedores participaram do F8, conferência anual da empresa que revela novos recursos à rede (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
51/68 Como de costume, Mark Zuckerberg abre o F8, conferência do Facebook realizada em dezembro de 2011 (Robert Galbraith/Reuters/VEJA/VEJA)
52/68 Em fevereiro de 2011, o Facebook tirou do Google seu principal executivo no Brasil, Alexandre Hohagen (VEJA.com/VEJA/VEJA)
53/68 Mark Zuckerberg e a namorada, Priscilla Chan, nos Estados Unidos (Julie Jacobson/AP/VEJA/VEJA)
54/68 Mark Zuckerberg e a namorada, Priscilla Chan, na China (Reuters/VEJA/VEJA)
55/68 Em fevereiro de 2011, o presidente americano se encontra com Mark Zuckerberg na Casa Branca (Justin Sullivan/AFP/VEJA/VEJA)
56/68 Zuckerberg faz pronunciamento minutos antes de se encontrar com o presidente americano Barack Obama (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
57/68 Em dezembro de 2010, a história da rede social vira filme. Jesse Eisenberg (foto) interpreta Zuckerberg (Divulgação/VEJA/VEJA)
58/68 Escritório do Facebook em Palo Alto, Califórnia (Divulgação/VEJA/VEJA)
59/68 Em dezembro de 2010, a rede social apresenta seu escritório em Palo Alto, na Califórnia (Divulgação/VEJA/VEJA)
60/68 Em dezembro de 2010, a rede social apresenta seu escritório em Palo Alto, na Califórnia (Divulgação/VEJA/VEJA)
61/68 Em novembro de 2010, Mark Zuckerberg anuncia novas mudanças na rede social (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
62/68 Em janeiro de 2009, o fundador do Facebook relata as tarefas na empresa durante conferência Digital Life Design (DLD), na Alemanha (Ralph Orlowski/Getty Images/VEJA/VEJA)
63/68 Funcionários do Facebook escrevem em um mural na sede da empresa em Palo Alto, Califórnia (Justin Sullivan/Getty Images/VEJA/VEJA)
64/68 Primeira versão do Facebook, em 2004: era o início da criação de um gigante da internet (Reprodução/VEJA/VEJA)
65/68 Dustin Moskovitz, cofundador do Facebook (Araya Diaz/Getty Images/VEJA/VEJA)
66/68 Chris Hughes, cofundador do Facebook (SeongJoon Cho/Bloomberg/Getty Images/VEJA/VEJA)
67/68 Eduardo Saverin, brasileiro cofundador do Facebook - e novo bilionário (Reprodução/VEJA/VEJA)
68/68 Mark Zuckerberg, CEO do Facebook (Justin Sullivan Getty Images/VEJA/VEJA)