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E3 – 2013: meta da Sony é oferecer PlayStation 4 a 399 dólares no Brasil, diz executivo

CEO da Sony Computer Entertainment of America reconhece, contudo, que carga tributária nacional é desafio para empresa estabelecer 'preço acessível'

Por Renata Honorato, de Los Angeles
12 jun 2013, 11h48
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  • “Nossa meta é oferecer o PlayStation 4 no Brasil pelo equivalente a 399 dólares, definido para os Estados Unidos”, afirma Jack Tretton, CEO da Sony Computer Entertainment of America (SCEA). O executivo reconhece que será um desafio lidar com a alta carga tributária brasileira. A reportagem de VEJA encontrou o executivo logo após um evento da E3 voltado às operações da Sony na América Latina, onde mais de 1 milhão de aparelhos PlayStation 3 foram vendidos (por aqui, o console foi lançado em 2010). Na conversa a seguir, Tretton detalha recursos do PlayStation 4 e afirma que não teme a popularidade dos smartphones e tablets – rivais dos consoles.

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    Minha primeira pergunta é sobre o preço do PlayStation 4. Como a Sony definiu o valor do console nos Estados Unidos e quando teremos o preço do aparelho no Brasil? Sempre escutamos o consumidor e a comunidade de desenvolvedores. Nosso objetivo é oferecer um console a um preço acessível. Esse foi um grande desafio com o PlayStation 3 e estou muito confiante de que o preço de 399 dólares é um valor amigável. O preço no Brasil varia muito em razão dos impostos, mas faremos o mesmo que foi feito com o PS3. Nossa meta é oferecer no Brasil o PlayStation 4 pelo equivalente a 399 dólares.

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    Por que a Sony decidiu permitir aos usuários rodar games usados no PlayStation 4? Queremos que o consumidor seja feliz. Se ele estiver feliz, nós também ficaremos contentes. O consumidor quer flexibilidade em relação ao software. Ele quer ter a liberdade de fazer o que quiser com o seu jogo: vendê-lo para um varejista, trocá-lo por alguma outra coisa ou mesmo dar para um amigo. Esse mesmo mecanismo foi experimentado antes e funcionou muito bem no PlayStation, no PlayStation 2 e no PlayStation 3. Não há razão para mudar.

    Por que a Sony não tornou a conexão à internet obrigatória no PlayStation 4? Estamos muito interessados em nossos consumidores em todo o mundo. Aqui nos Estados Unidos, a conexão banda larga é boa e a maioria dos jogadores consegue jogar on-line, mas a Sony é uma empresa global e sabemos que essa não é a realidade em todos os países do mundo. Desenvolvemos uma máquina para qualquer um de nossos usuários. Não temos como comparar o acesso à rede com o acesso à eletricidade.

    O design do PlayStation 4 e do Xbox One virou assunto na internet. Em um momento em que os dispositivos tendem a diminuir de tamanho, os consoles da nova geração chegaram ainda maiores. No caso do PS4, o aparelho até lembra o PlayStation 2. Por que a Sony adotou esse design? Eu acho o design do PlayStation 4 bem moderno. Pessoalmente, estou mais interessado no que está dentro da máquina. Eu sei que muita gente se interessa pelo design e também ouvi muitos comentários sobre a semelhança do novo console com o PS2. Sinto-me bem confortável com essa comparação.

    Por que a Sony reforçou o tempo inteiro que o PlayStation 4 é um dispositivo para games. Outros recursos multimídia não são mais tão interessantes para a nova plataforma? Entretenimento é muito importante e sabemos que os jogadores têm interesse em outros conteúdos. Essa é a razão pela qual estamos oferecendo acesso ao Netflix e Amazon, além de outros serviços de vídeo sob demanda, por meio do console. Temos certeza de que esses recursos são importantes para o nosso consumidor. Mas vale ressaltar, contudo, que o PS4 é uma máquina para jogar games. Os smartphones podem ser usados para jogar, mas não são comprados por essa razão. Você compra um smartphone para ligar para as pessoas e para ter acesso remoto à rede. Os games estão entre os recursos do gadget. Diferente do PS3, que foi comprado como um reprodutor de Blu-Ray, já que ele foi o primeiro do mercado, o PS4 ou Vita serão comprados como aparelhos para jogar games. Muitos recursos estão disponíveis em outros dispositivos, mas a experiência de interagir com um jogo será única em nossa plataforma.

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    Como foi a reação do público depois do anúncio dessa segunda-feira, quando a Sony divulgou o preço do PS4, a não exigência de conexão à internet permanente e a possibilidade do console rodar games usados? A resposta foi muito positiva. Não na nossa opinião, mas na opinião da imprensa, a apresentação da Sony superou a concorrência. A reação dos consumidores foi muito boa. Passei a maior parte da segunda-feira conversando com jornalistas de todo o mundo e estamos orgulhosos de ter conseguido passar a nossa mensagem. Claro que o PlayStation 4 foi o assunto mais comentado, mas também estamos trazendo vários games para o PlayStation 3 e para o Vita, o nosso portátil.

    O senhor acredita que a “guerra de consoles” será mais fácil para a Sony do que no passado? Tudo é diferente agora, porque há muitos dispositivos brigando pelo tempo do consumidor. Há bilhões de jogadores em todo o mundo e o nosso público atualmente é muito maior do que há dez anos. Há mais gerações que cresceram jogando videogame. Atualmente, jogar é uma das atividades, um dos hobbies, mais populares do mundo. Eu acho que há muito espaço para os bons dispositivos.

    Já que estamos falando sobre diferentes dispositivos, como a Sony encara a concorrência entre console, tablets e smartphones? Um jogador hardcore prefere o console para jogar. Entendemos que os tablets e smartphones preenchem um espaço quando o jogador não está conectado ao videogame. No entanto, a experiência nos dispositivos móveis é menos densa e mais simplificada. Esses gadgets divertem, mas o jogador procura um console quando quer uma experiência mais completa. É o mesmo que acontece com os cinemas. É possível assistir a filmes no smartphone, no tablet, na TV, mas nada é como ir ao cinema. Eu acho que esse é o mesmo caso dos consoles.

    Por que a Sony mal citou o sensor de movimento Move ao falar do PlayStation 4? Avaliamos o desempenho do PlayStation 3 e entendemos que há muitos jogos legais para usar sensores de movimento. Porém, o jogador hardcore prefere o joystick, o controle tradicional. Eles querem jogos de tiro em primeira pessoa, games de esportes e não estão tão interessados em títulos que explorem os sensores de movimento. Ofereceremos o recurso, mas não vamos obrigar todos os jogadores a adquirir a câmera. O PS4 permitirá aos jogadores fazer suas próprias escolhas. Quem quiser jogar on-line, poderá jogar on-line, quem quiser usar sensores de movimento, poderá usar os sensores de movimento. Não vamos obrigar os consumidores a fazer nada.

    Os gráficos já não são os grandes diferenciais nos jogos da nova geração. A comunidade, no entanto, é cada vez mais importante. O próprio PlayStation 4 oferece muitos recursos para engajar a comunidade, como ferramentas de compartilhamento. Como a Sony descobriu que essa seria uma tendência entre jogadores? Se você olhar um jogo rodando em um console atual e em um da nova geração, certamente identificará diferenças relevantes em termos de gráfico. Não concordo que os gráficos já não façam tanta diferença. Eu acredito que quanto mais realista for o game, mas imersiva será a experiência do jogador. Em relação à comunidade, sabemos que os jogadores são indivíduos muito sociais. Eles gostam de compartilhar experiências e de trocar informações sobre um título. E por isso foi muito importante para a Sony simplificar esse processo através de comunidades sociais e facilitando a conexão entre amigos reais. Estamos muito focados nisso no PlayStation 4. Os recursos sociais são a chave para completar a experiência do jogador no novo console.

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    Por que a Sony decidiu dar espaço aos “indie games” no PlayStation 4? A Sony é uma marca tradicional conhecida em todo o mundo, mas a marca PlayStation tem um perfil diferente. Trata-se de uma divisão voltada ao entretenimento. Ela é voltada aos consumidores que amam música, cinema, games. O público-alvo é jovem. É por isso que faz sentido dar espaço aos jogos independentes na nossa plataforma. É o que o público procura.

    Killzone: Shadow Fall

    Desenvolvido pelo estúdio Guerilla Games, Killzone: Shadow Fall é o quarto game da franquia de tiro em primeira pessoa para a plataforma PlayStation.

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    DriveClub

    Jogo de corrida ultrarrealista que promete levar para o PlayStation 4 todos os detalhes do universo do automobilismo. DriveClub está sendo desenvolvido pelo Evolution Studios.

    Infamous: Second Son

    Novo jogo da série Infamous, nascida no PlayStation 3, Second Son é um dos títulos exclusivos para a nova plataforma da Sony. O game futurista da Sucker Punch trata de um tema bem atual: privacidade.

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    The Witness

    Puzzle poético desenvolvido por Jonathan Blow, criador de Braid, um dos mais importantes jogos independentes da atualidade.

    Knack

    Puzzle de ação e aventura desenvolvido pelo Japan Studios. Segundo Mark Cerny, responsável pela arquitetura do PlayStation 4, Knack é uma mistura de Crash Bandicoot, Katamari Damacy e God of War.

    https://youtube.com/watch?v=d9UmHm9HA3c

    Deep Down

    Título da Capcom para PlayStation 4. O jogo de fantasia é o primeiro desenvolvido a partir da engine Panta Rhei e promete gráficos ultrarrealistas.

    Watch Dogs

    Jogo da Ubisoft anunciado na E3 2012. O game, que também será lançado para PlayStation 3, tem como temática a invasão hacker. Seu enredo é baseado em crimes digitais e explora a fragilidade dos sistemas informatizados.

    Diablo III

    Uma das franquias mais famosas dos PCs desembarca na plataforma PlayStation 4. Segundo a Blizzard, a versão para console do game também será lançada para PlayStation 3.

    Destiny

    Jogo de tiro em primeira pessoa da Bungie, criadora da série Halo. O título também será lançado para PlayStation 3 e Xbox 360.

    Final Fantasy: Agni’s Philosophy

    A Square Enix não deu detalhes sobre o jogo e adiantou que todas as informações serão divulgadas para o público durante a E3, que acontece em junho, em Los Angeles.

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