Diretor do Twitter se desculpa com mulheres ameaçadas por meio da rede social
Pedido foi feito após jornalistas e ativistas britânicas denunciarem que sofreram ameaças de bomba e estupro pelo mesmo usuário anônimo
O diretor do Twitter na Grã-Bretanha, Tom Wang, pediu desculpas neste sábado às mulheres que receberam ameaças de estupro e ataques a bomba por meio da rede social. Wang disse, em sua própria conta no Twitter, que os abusos são “inaceitáveis” e prometeu tomar medidas para impedir que isso ocorra novamente. Jornalistas, uma deputada trabalhista e uma ativista feminista na Grã-Bretanha denunciaram ter recebido ameaças por meio do microblog.
A Polícia Metropolitana de Londres já informou que está investigando os incidentes. O Twitter, por sua vez, disse que tornou mais clara sua política para impedir o assédio através da rede social e reiterou que os usuários “não devem se envolver em abusos”. A rede social também informou que acrescentará o botão de ‘denunciar abuso’ em todas suas plataformas.
Ameaças – As jornalistas Hadley Freeman, colunista do jornal The Guardian, Grace Dent, do The Independent, e Catherine Mayer, editora da revista Time na Europa, além da deputada trabalhista Stella Creasy e a defensora de causas feministas Caroline Criado-Peres, afirmaram ter sofrido ameaças do mesmo usuário anônimo. De acordo com o Twitter, esse perfil já foi suspenso.
Segundo a CNN, Hadley disse à polícia que recebeu uma ameaça nesta quarta-feira com a seguinte mensagem: “Uma bomba foi colocada na parte de fora da sua casa e vai explodir às 10:47”. No dia anterior, a jornalista havia publicado um artigo intitulado “Como usar a internet sem ser um completo perdedor”, sobre problemas de abuso e liberdade de expressão na rede.
Já a ativista Caroline começou a receber ameaças após iniciar uma campanha para que a imagem da escritora inglesa Jane Austen fosse colocada nas notas de 10 libras. “Eu estou feliz pelo fato de eles estarem nos escutando, mas o Twitter demorou uma semana para chegar a isso”, disse Caroline à rede britânica BBC sobre a posição da empresa. A editora da Time, Catherine Mayer, disse que acredita estar sendo ameaçada simplesmente porque é mulher, e não somente pelo fato de ser ativista.
(Com agência EFE)