Complexo criado na era hippie será modelo de centros de ciências no Brasil
Fundado em 1969 e inspirado nos ideais hippies, uma das instituições mais populares dos EUA servirá de padrão para unidades em Brasília e em São Paulo
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/23_outdoor_dsc_2913_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=600&h=400&crop=1)
![Vista externa do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Vista externa do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/23_outdoor_dsc_2913_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=600&w=636)
![Entrada do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Entrada do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/08_building_dsc_9483_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=600&w=636)
![Vista interna do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Vista interna do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/14_overviewwest_dsc_4512-edit_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=601&w=636)
![Instalação do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Instalação do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/08_explainerdemo_dsc_4956_as-1.jpg?quality=90&strip=info&w=539&w=636)
![Área de ciências biológicas do museu Exploratorium de Sâo Francisco (EUA) Área de ciências biológicas do museu Exploratorium de Sâo Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/10_east_dsc_9048_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=919&w=636)
![Monges budistas visitam o museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Monges budistas visitam o museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/03_tinkering_monks2_luigi.jpg?quality=90&strip=info&w=601&w=636)
![Crianças se divertem no museu Exploratorium, em São Francisco (EUA) Crianças se divertem no museu Exploratorium, em São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/38_dsc_5035_as.jpg?quality=90&strip=info&w=841&w=636)
![Simulador de tornado no museu Exploratorium, em São Francisco (EUA) Simulador de tornado no museu Exploratorium, em São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/img_0199.jpg?quality=90&strip=info&w=373&w=636)
![Instalação do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Instalação do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/18_lifeamonglogs_dsc_6715_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=921&w=636)
![Criança brinca em equipamento do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Criança brinca em equipamento do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/33_bicycleropesquirter_dsc_6860_gl.jpg?quality=90&strip=info&w=600&w=636)
![Instalação representando o DNA humano do museu Exploratorium de São Francisco (EUA) Instalação representando o DNA humano do museu Exploratorium de São Francisco (EUA)](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/11/img_0197-1.jpg?quality=90&strip=info&w=806&w=636)
O que mais chama a atenção no Exploratorium, museu interativo de ciências e artes em São Francisco, costa leste americana, é a desenvoltura com os visitantes de todas as idades se divertem em suas instalações. Ali, em uma construção centenária, instalada em antigo armazém, crianças, adolescente e adultos se esbaldam em meio a máquinas que simulam terremotos e tornados e brinquedos que seguem as leis da física, química e biologia.
Fundado em San Francisco há 50 anos, exatamente quando o movimento hippie chegava ao auge na cidade, o museu incorporou parte do espírito da época em abordagens criativas e iconoclastas. Com isso tornou-se pioneiro na abordagem lúdica da divulgação científica. Atualmente , a instituição serve como um difusor de conceitos que permeiam a cultura de inovação da região de São Francisco e arredores, no Vale do Silício, onde ficam as sedes nas maiores empresas de tecnologia do mundo com Google, Facebook e Apple.
Em tempos que terraplanismo, o criacionismo e todo tipo de teoria pseudocientífica são levados a sério por muita gente, o museu californiano reforça o princípio de que curiosidade humana e o desafio a conceitos pré-estabelecidos são os motores do desenvolvimento e da inovação. “Nossa proposta é ir além de tomar partido em polêmicas como a do aquecimento global. O que queremos é fazer as pessoas se perguntarem como vão se posicionar frente a assuntos complexos“, explica Silva Raker, diretora de Negócios da instituição. “Queremos que nossos visitantes reflitam se, em situações problemáticas, estarão dispostas a compartilhar seus conhecimentos, colaborar para resolver as dificuldades ou se apenas competirão umas com as outras”.
Foi Silva quem conduziu as negociações que trarão ao Brasil o modelo de exposições desenvolvido no Exploratorium para duas instituições — uma em São Paulo e outra em Brasília. Em ambos os casos, os museus batizados como Steam Lab, serão construídos pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
A unidade paulista será instalada em um casarão tombado na Avenida Paulista, cedido pelo governo do estado. Em Brasilia, o local ainda não foi definido mas estão sendo avaliados imóveis na área da Esplanada dos Ministérios. A inauguração dos dois SteamLabs está prevista para 2022. O nome Steam vem da sigla em inglês para o conceito de ensino baseado na interligação de ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática.
A proposta dos idealizadores dos Steam Labs é reproduzir por aqui a abordagem arrojada do Exploratorium, um grande laboratório público de aprendizagem, em que o ambiente e os fenômenos naturais são explorados por meio de ótica da ciência, da arte e da percepção humana.
“Costumamos dizer que um mundo melhor é um mundo onde as pessoas não tem medo de fazer perguntas”, resume George Cogan, presidente do Exploratorium. “E é isso o pretendemos fazer aqui: estimular crianças, jovens e adultos a fazerem cada vez mais perguntas.”
Faça uma visita virtual ao Exploratorium.