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Block Party: conheça o app antiassédio que foi inviabilizado por Musk

Programa foi desenvolvido em 2021 para filtrar mensagens fraudulentas, de spams, fakes, cyberstalkers e assediadores

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 6 jun 2023, 15h19 - Publicado em 6 jun 2023, 13h35

O Twitter sempre foi conhecido como uma das redes sociais mais transparentes na maneira como lidava com casos de assédio e liberdade de expressão. Desde a tomada da rede social pelo excêntrico Elon Musk, as políticas da empresa passaram a ser tão – ou mais – obscuras que as outras redes. O caso do aplicativo Block Party é um sintoma disso. 

Criado em 2021 por Tracy Chou, o app funcionava como uma maneira de bloquear mensagens indesejadas – de spam a assédio e cyberstalking. Ao instalar o programa no navegador, o usuário conseguia adicionar filtros e bloquear termos. A aplicação, então, impedia que mensagens prejudiciais para o usuário fossem vistas por ele. 

“Como uma mulher online eu já experimentei diversas formas de assédio e abuso por muito tempo”, disse Chou em um vídeo publicado em uma das contas oficiais do Twitter no YouTube. “A principal missão do Block Party é fazer com que todos se sintam seguros online.”

Para funcionar, a empresa criada pela desenvolvedora tinha um acordo com o Twitter para ter acesso gratuito ao banco de dados da rede social. Sob gestão de Musk, a empresa teria que pagar cerca de 42 mil dólares por mês (o equivalente a 206 mil reais) para ter acesso à mesma quantidade de dados. 

O movimento é parte de uma tentativa de tornar a companhia mais lucrativa, em especial depois da queda vertiginosa no valor do Twitter após as reformas feitas pelo empresário. De acordo com um dos investidores, a perda chegou a dois terços desde que Musk comprou a companhia, pelo valor de 44 bilhões de dólares. 

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O alto custo inviabilizou o funcionamento do Block Party, que, agora, entrou em hiato por tempo indefinido, o que significa que o aplicativo ainda pode ser acessado, mas apenas em modo de leitura, sem a possibilidade de acessar os filtros e bloqueios. 

“Estamos com o coração partido por não podermos ajudar a protegê-lo de assediadores e spammers na plataforma”, diz o comunicado publicado no blog da empresa. “Isso é mais um exemplo de por que não se pode confiar em grandes plataformas de mídia social para fazer a coisa certa para a segurança do usuário sem regulamentação ou outros incentivos significativos.”

Eles recomendam, no entanto, que ferramentas do próprio Twitter, como o bloqueio de notificações, sejam utilizadas pelos usuários para tentar tornar o ambiente mais seguro. A Block Party já está trabalhando em um novo aplicativo, o Privacy Party, que terá a mesma função, mas também funcionará em outras redes como o Facebook e o Venmo

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