Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

App chinês que cria deepfakes revive polêmica similar à do FaceApp

Com a capacidade de substituir rostos, o app Zao tornou-se alvo de críticas por seus termos de uso nebulosos

Por André Lopes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 set 2019, 18h29 - Publicado em 2 set 2019, 18h13

Na sexta-feira 30 um novo aplicativo se tornou viral na App Store da China. Chamado de Zao, ele consegue inserir o rosto dos usuários em cenas de filmes e séries famosas com realismo impressionante. Na prática, é possível ver como seria se tornar o protagonista de um filme de Hollywood com uma simples selfie.

A técnica é conhecida como deepfake e há tempos vem sendo testada por pesquisadores e empresas. Mas, até o início de 2018, a tecnologia exigia centenas de fotos para criar alguns segundos de vídeos. No caso do Zao, contudo, chamou a atenção o fato de se usar apenas uma foto e se levar apenas alguns segundos para criar a falsificação.

Um usuário do Twitter postou uma demonstração do que o aplicativo é capaz. Em um clipe de 30 segundos, as aparições de Leonardo DiCaprio em momentos de vários dos seus filmes é substituída pela do fã. De acordo com o post, os clipes foram gerados em menos de oito segundos a partir de apenas uma fotografia. No entanto, o aplicativo também pode sugerir tirar uma série de fotos onde ele solicitará que se abra e feche a boca e os olhos para gerar resultados mais críveis.

Continua após a publicidade

Mas da mesma forma que aconteceu com o FaceApp, o aplicativo capaz de envelhecer ou rejuvenescer pessoas em fotos, o rápido interesse pelo Zao despertou preocupações sobre privacidade. Principalmente por se tratar do envio de fotos do rosto. A rede social chinesa Momo, que desenvolveu o Zao, reivindica direitos “gratuitos, irrevogáveis, permanentes, transferíveis e passíveis de royalties” para qualquer conteúdo carregado no aplicativo.

Os usuários, por sua vez, inundaram a App Store com críticas negativas, classificando o Zao como 1,9 estrela em cinco, sendo mais de 4 000 avaliações citando a privacidade como um problema. Em nota para veículos de imprensa internacional, a dona do app garante, porém, que, apesar dessas regras contratuais, quaisquer selfies ou vídeos adicionados ao aplicativo não serão usados ​​para nada além de aprimoramento do programa ou para algo que não seja o que o usuário concordou anteriormente. Isso além de dizer que todas as mídias serão apagadas dos servidores caso o próprio usuário delete sua conta.

Entretanto, vale confiar seu rosto a uma empresa por apenas alguns segundos de diversão? Ou seja, tais alegações seria realmente críveis? Ainda não há certeza de uma resposta.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.