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Acesso à internet nas escolas aumenta, mas conectividade preocupa, diz pesquisa

Ainda existem obstáculos a serem superados para garantir que todas as instituições consigam fazer uso equitativo e de qualidade da tecnologia

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 ago 2024, 13h00

A pesquisa TIC Educação 2023, lançada nesta terça-feira, 6, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), revela um cenário de avanços e desafios na conectividade das escolas brasileiras. Embora tenhamos visto um aumento significativo no acesso à internet, especialmente em regiões antes consideradas mais isoladas, como áreas rurais e escolas municipais, ainda existem obstáculos a serem superados para garantir que todas as escolas tenham acesso equitativo e de qualidade à tecnologia.

Um dos pontos mais positivos da pesquisa é o aumento substancial na presença de internet nas escolas, com 92% das instituições relatando ter acesso à rede. No entanto, a qualidade desse acesso varia muito entre as diferentes regiões e tipos de escolas. Escolas em áreas urbanas, por exemplo, tendem a ter uma conexão mais estável e rápida do que as escolas em áreas rurais.

Outro ponto importante é a disponibilidade de dispositivos digitais nas escolas. A maioria das escolas possui pelo menos um computador, mas nem sempre esses dispositivos estão disponíveis para uso dos alunos em atividades pedagógicas. A pesquisa mostra que, embora a presença de computadores tenha aumentado, a utilização deles em sala de aula ainda é um desafio, especialmente em escolas municipais e rurais.

De acordo com a pesquisa, 90% das escolas de Ensino Fundamental e Médio têm ao menos um computador (tablet, notebook ou desktop). Nas instituições educacionais de áreas urbanas, a proporção é de 99% e nas de áreas rurais, de 75%. Entre as escolas municipais, 84% contam com ao menos um dispositivo, porcentagem que é de 97% nas estaduais e de 99% nas instituições particulares.

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Do total de instituições educacionais, 62% têm computadores para uso dos alunos em atividades de ensino e aprendizagem. Entre as escolas localizadas em áreas rurais, a proporção é de 39% e nas municipais, de 49%. Os dados das estaduais se destacam: 84% declararam possuir ao menos um dispositivo para uso dos alunos, superando a porcentagem de escolas particulares com esta mesma condição de conectividade (74%).

E a infraestrutura?

Um dos principais obstáculos para a conectividade nas escolas é a falta de infraestrutura. Muitas escolas, principalmente em áreas rurais, enfrentam problemas com a falta de energia elétrica e com a disponibilidade de internet na região. Além disso, o custo da conexão à internet ainda é um fator limitante para muitas escolas.

Entre os estabelecimentos educacionais que não possuem acesso à internet (que correspondem a 8% do total de escolas), os principais motivos para a ausência de conexão à rede são: “falta de infraestrutura de acesso à Internet na escola” (66%), “falta de infraestrutura de acesso na região onde a escola se localiza” (63%) e o “alto custo de conexão” (52%). Os dados coletados pelo estudo evidenciaram também um aumento da proporção de gestores que mencionaram a ausência de energia elétrica na escola como motivo para não haver conectividade, passando esse número de 17% para 32%, entre 2020 e 2023.

É fundamental que políticas públicas sejam implementadas para garantir que todas as escolas tenham acesso a uma internet de qualidade e que os recursos tecnológicos sejam utilizados de forma eficaz para promover o aprendizado dos alunos. “Ainda é possível observar desafios relacionados ao uso desses recursos pelos alunos”, avalia Alexandre Barbosa, do Cetic.br. “Tais desafios podem aprofundar as desigualdades de acesso a oportunidades entre os estudantes de diferentes grupos sociais.”

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